Atuações inconsistentes, pragmáticas, previsíveis e cheias de problemas. Esse é o Galo dos últimos três meses. Um verdadeiro gráfico de eletrocardiograma que faz Gabriel Milito perder grande parte do apoio que tinha no início encantador. Mas ele está sozinho nesse trem? Só ele erra?

Mas, talvez, isso faça parte da “nossa tão grande culpa”. Afinal, culturalmente temos que culpar alguém, precisamos eleger para sermos midiáticos e falsos resolvedores de problemas sentados no nosso tranquilo “pensar” a que todo papel aceita.

Mas, hoje, a crônica será de perguntas com respostas ao leitor e ele na sua interação fará a reflexão e dará sua opinião através de questionamentos?

Questionamentos sobre o Galo

Com alguns dados para facilitar, vamos lá!

Desde 2020, o Atlético trocou de técnico por oito oportunidades. Sem contar os interinos, a ordem foi: Dudamel (2020);Sampaoli (2020-2021); Cuca (2021); Turco (2022); Cuca (2022); Coudet (2023); Felipão (2023-2024); Milito (2024)

O Galo foi à Argentina buscar Milito e passou essa escolha por um minucioso estudo das suas características segundo apurado por toda a imprensa e aí algumas questões:

– Estavam cientes que haveria momentos ruins e de turbulências no processo e que manter projetos longos passa por suportar pressão externa?
– Pesquisaram se Gabriel Milito poderia alternar mais seu esquema de jogo quando as suas ideias principais ficassem “manjadas”?
– Como joga nas pontas sem pontas? Enfim, se ele gosta de jogar pelos lados como não investiram em pontas diferentes, os quebradores de linha para ajudá-lo mais?
– A comunicação entre atletas, diretoria e treinador é aberta diante da tratativa de problemas ou passa por “recados” de interlocutores externos ao processo?
– Alguém consegue contrapor (gestão do futebol)? Discordar e trazer elementos de contraponto ajudam mais do que “deixar rolar”?
– É possível estabelecer que o sistema de jogo precisa ser mais que “autoral”, precisa ser bom e conhecer o histórico do clube para ajudar o treinador a funcionar?

E mais…

– Lucas Gonçalves, auxiliar que sempre aparece em momentos de trocas de comandantes, por conhecer o cenário, não poderia ajudar mais conhecendo o ambiente?
– A mensagem que está sendo passada aos jogadores parou de “dar liga”? Qual o motivo? O que seria e por que haveria a perda de confiança mencionada na última coletiva?
– Podemos cobrar os atletas? Podem ser mais responsabilizados no processo?
– Diretoria será refém de atletas até qual ano? Quando vai “bater” na mesa e dizer: esse ano não vamos fazer o óbvio. Vamos ajudar.
– Vojvoda, no Fortaleza em 2022, ficou um turno na zona do rebaixamento e foi mantido pelo Marcelo Paz e hoje colhe os melhores resultados da história do Leão do Pici.No grupo dos 12 considerados como maiores do país ele suportaria a pressão?

Enfim, a ideia nesse espaço não foi concluir, foi enumerar algumas perguntas e deixar a conclusão paradoxalmente inconclusiva, ou seja, no olhar de cada um. Afinal, quem traz problemas, também deveria trazer soluções.

A última: o Galo dará suporte ao Gabriel Milito ou repetirá a fórmula do “sempre” foi assim?

Galo, som, sol e sal é fundamental

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