O brasileiro Vini Jr venceu o Prêmio Sócrates na Bola de Ouro 2023. O atacante do Real Madrid levou a honraria por conta de seu projeto que ajuda crianças carentes, o “Instituto Vini Jr”. O troféu é entregue pela revista “France Football”.

Ídolo do Corinthians, Sócrates ficou marcado por seu envolvimento com temas sociais e extracampo. O ex-jogador, que morreu em 2011, foi o líder da Democracia Corintiana em meio à ditadura militar no Brasil na década de 1980.

Origem rubro-negra? Vini Jr usou roupa com cores do Flamengo, clube que o revelou – Foto: Franck Fife/AFP via Getty Images

“Estou muito feliz por receber esse prêmio, de poder ajudar muitas crianças no meu bairro, na favela. Fico muito feliz de ajudá-los. É um sonho estar aqui na frente de todos vocês” disse Vini Jr.

Além do “Instituto Vini Jr”, o atacante do Real Madrid ficou marcado por sua luta contra o racismo no futebol espanhol. O brasileiro tem sido alvo de injúria racial constantemente no país.

“É muito chato ter que falar sempre sobre isso (racismo), mas estou preparado para falar sempre que for necessário. Espero que todos os jogadores possam ajudar. Gosto de falar sobre futebol, é chato falar sobre isso. Quero pedir ajuda para que as crianças que estão vindo possam sofrer cada vez menos”, completou o camisa 7.

Relembre alguns casos

Vini Jr tem sido alvo de racismo e perseguição constantemente na Espanha. Entre os casos mais famosos, destacam-se quando um comentarista disse que as danças do brasileiro em campo eram “macaquice” na semana de um clássico contra o Atlético de Madrid. No dia da partida, torcedores colchoneros chamaram o jogador de “macaco”, inclusive levando um macaco de pelúcia para o estádio.

Já neste ano, em janeiro, antes de mais um clássico contra o Atlético, torcedores do clube colocaram nas ruas da capital espanhola um boneco sendo enforcado com a camisa de Vinícius. Junto do boneco, uma faixa com a frase “Madri odeia o Real”. Dois meses depois, no clássico contra o Barcelona, no Camp Nou, além de gritos de “macaco”, torcedores do time catalão pediram a morte do brasileiro.

O caso de maior repercussão aconteceu em maio, em duelo com o Valencia. Boa parte do Estádio Mestalla cantou em coro “mono”, que na tradução é “macaco”. Na partida, Vini foi expulso. Após o jogo, o presidente da La Liga, Javier Tebas, disse que o brasileiro “manchava a liga”.

Os casos mais recentes foram neste mês de outubro, contra o Sevilla, que identificou um torcedor no Estádio Ramón Sánchez-Pizjuán. Neste jogo, inclusive, foram flagradas crianças cometendo racismo. No último sábado, em mais um clássico contra o Barcelona, novamente Vini foi alvo de injúria racial.

VEJA TODOS OS PRÊMIOS

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários