O Botafogo do técnico Tiago Nunes já tem uma marca própria neste início de temporada: o de levar gols em bola aérea. O time alvinegro foi vazado cinco vezes em sete partidas. E quatro gols dos adversários nascem quase da mesma forma. Pelota alçada na área. Defesa cochila, goleiro come mosca, e alguém do lado contrário coloca para dentro. Um detalhe: o Glorioso sempre com os titulares.

As jogadas aéreas já tiraram seis pontos do Botafogo. Ou seja, com um pouquinho mais de cuidado neste quesito, o Glorioso estaria na liderança isolada desta edição do Campeonato Carioca. Não correria também risco. Agora, amarga a quinta colocação e ficaria fora da semifinal do Estadual.

O problema começa, então, na terceira rodada, quando o zagueiro Sheldon, do Boavista, subiu no terceiro andar para decretar o primeiro insucesso do Mais Tradicional no Carioca. Depois, no Nilton Santos, o sistema defensivo permitiu a Rosa, da Portuguesa-RJ, cabecear sozinho para tirar a vitória do Fogão. No sábado (3), em Brasília, foi a vez de Carlinhos, do Nova Iguaçu, receber cruzamento, livre de marcação, na pequena área.

Bola aérea é sinônimo de pânico no Botafogo – Foto: Vítor Silva/Botafogo

Nada de correção…

Por fim, na última quarta-feira (7), quando o Botafogo parecia que passaria incólume, Gatito falhou ao sair do gol e consagrou Léo Pereira, nos acréscimos, em mais uma trapalhada. Na ocasião, Nunes perdeu Barboza e meteu Bastos. Tirou Danilo Barbosa e lançou Eduardo, dois jogadores com estatura mais baixa. Assim, o próprio treinador identificou o cenário desfavorável.

“Momentos parecidos. Falta atenção e concentração, com jogadores que não são da posição e equipe desfigurada após as cinco alterações. A gente sofre o gol quando quem deveria estar ali era o Barboza, jogador de 1,92 que sofreu uma pancada. Muda a linha, e a gente sofre nesta bola. São os caprichos do futebol”, diagnosticou o técnico do Glorioso.

Em 2023, Botafogo deu uma amostra

A dor de cabeça, aliás, não começou agora, No fim de 2023, durante a derrocada do Botafogo no Campeonato Brasileiro, o sistema defensivo proporcionou, principalmente, panes semelhantes.

Na estreia de Nunes, no 2 a 2 com o Fortaleza, a zaga do Botafogo permitiu a Guilherme, sozinho, completar de peixinho, na pequena área. No jogo seguinte, contra o Santos, o Peixe conseguiu o 1 a 1 na bola aérea, nos acréscimos também.

No Botafogo, parece que os traumas são mesmo cíclicos.

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