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Botafogo chega a clássico com números impressionantes na defesa

Vitor Silva/Botafogo

Se um grande time começa mesmo pela defesa, como pregam alguns teóricos do futebol, o Botafogo de 2023 sinaliza, então, que pode ir muito longe. Afinal, neste início de temporada, nenhuma equipe da Série A do Brasileirão sustenta uma retaguarda tão segura quanto a do técnico Luís Castro. O Vasco, adversário do Glorioso na noite desta quinta-feira (16), no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Carioca, será o próximo a conhecer de perto a força da cidadela alvinegra.

Antes de mais nada, os números atestam para a importância do setor. Assim, em sete jogos, o Botafogo sofreu apenas dois gols. Um destes, inclusive, com a escalação composta por jogadores de categorias inferiores, na estreia pelo Estadual. Em suma, o Mais Tradicional leva 0,28 gols por compromisso, média que ainda pode melhorar se a cozinha passar incólume no clássico de pré-Carnaval. Veja, mais abaixo, uma comparação com os demais participantes da elite.

Além da média assombrosa, a defesa do Botafogo não sofre gols há cinco jogos. Desta forma, consolida a melhor série invicta em, praticamente, dez anos. Somente lá atrás, em 2013, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o Glorioso conseguiu algo semelhante, por ora, superior (sete encontros entre o Carioca e a Copa do Brasil).

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“São indícios que a equipe está em um caminho de trabalho interessante. Antes de tudo, o desempenho nos dá essa estabilidade. Sabemos, no entanto, como é perigoso no futebol. Aliás, de um momento para o outro, perdemos, principalmente, as coisas que construímos”, ressaltou Luís Castro.

BOTAFOGO TEM A MELHOR DUPLA DO PAÍS?

Adryelson e Cuesta soam, sobretudo, como poesia aos ouvidos dos botafoguenses. Em harmonia desde o ano passado, quando se encontraram no Mais Tradicional durante a segunda metade do Campeonato Brasileiro, os zagueiros são sinônimos de rendimento em alto nível. Raramente, deixam a desejar.

Espie só o que as feras, juntas, entregam ao Botafogo até agora: 17 jogos, 11 vitórias, três empates e somente três derrotas. Entre os triunfos, nove partidas sem sofrer gols. Acima de tudo, números que correspondem a um aproveitamento de 70,5%.

Cuesta ainda tem faro artilheiro e já balançou a rede cinco vezes. Eficácia muito maior do que muito atacante por aí. Por sua vez, Adryelson, o ministro da Defesa, passou sete partidas sem cometer uma única falta, desarmando, de forma leal, os atacantes adversários. De fato, os dois se completam. Melhor dupla de zaga do país? Há debate!

O GIGANTE LUCAS PERRI

Substituto de Gatito Fernández, lesionado, Perri tomou conta do gol alvinegro e destacou-se justamente no quesito pelo qual seu concorrente tornou-se ídolo do clube. Ou seja: dois pênaltis contra. Ele foi lá e catou os dois. O primeiro, em Londres, no amistoso, contra o Crystal Palace, na cobrança de Zaha, astro do time inglês, inclusive. O segundo, de Calegari, no clássico contra o Fluminense.

Por último, a defesa ainda conta com o lateral-esquerdo Marçal, jogador, por sinal, com bagagem da Premier League e sem nenhum nome à altura, no Botafogo, nos últimos anos, nesta posição. Na lateral direita, Rafael ainda busca se firmar. Mas é, enfim, nítida sua melhora nos últimos jogos.