Tricampeonato brasileiro simboliza encontro de gerações: 68, 95 e 24
Tricampeonato brasileiro simboliza encontro de gerações: 68, 95 e 24 - Foto: Vitor Silva/Botafogo

Hoje é dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a padroeira do Botafogo. Na mesma data, há 82 anos, nascia, fruto de uma tragédia, a Estrela Solitária como o símbolo máximo da instituição. É neste cenário de superstição que o Mais Tradicional retoma, neste domingo (9), o curso da História. O clube honra o passado, se reconcilia com o presente, edifica o futuro e levanta a taça de campeão brasileiro, no Estádio Nilton Santos.

Corta para o dia 11 de junho de 1942. O Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club disputavam uma partida de basquete pelo Campeonato Carioca, em General Severiano, quando o atleta Albano, do segundo time, caiu morto na quadra, vítima de um ataque fulminante.

Horas após o corpo de Albano passar em frente ao Mourisco Mar, o então presidente do Botafogo Football Club, Eduardo Góis Trindade, sentenciou:

“Nas disputas entre os nossos clubes, só pode haver um vencedor, o Botafogo”.

Trindade, naquele momento, teve bom senso e não viu mais sentido nos conflitos, ainda que esportivos, entre as duas agremiações. Houve, assim, em dezembro daquele ano, a fusão. O Botafogo de Futebol e Regatas incorporava a estrela do símbolo da regata. Os atletas da modalidade, assim que começavam os treinos, ainda de madrugada, conseguiam avistar o planeta Vênus, também conhecido como Estrela D’Alva.

“O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?”, agregou Trindade.

É tempo de Botafogo

Tal qual a Fênix, o Botafogo renasce outra vez após uma tragédia. “Das cinzas voltar, no fogo vencer”, decreta uma das faixas que deixam o Colosso do Subúrbio ainda mais hostil aos adversários. Sim, houve 2023. Incontáveis memes, gozações, recortes da internet e até um sentimento de pena dos rivais. Nada pior para um gigante do futebol brasileiro. Mas havia uma temporada seguinte pela frente, com novos personagens: Artur Jorge, John, Barboza, Almada, Savarino, Luiz Henrique, Jesus… A vida não tinha chegado ao fim, ao contrário daquilo que se dizia por aí. Até os remanescentes também reescreveram a história, como Marçal e Marlon Freitas, os dois últimos capitães do time alvinegro.

Em 2024, no próprio ano da reconstrução, deslizes bastaram para a imprensa do 7 a 1, decadente e clubista, em busca de cliques, antecipar a “pipocada”. A resposta do Botafogo: 100% de aproveitamento contra os demais postulantes ao título, título da Copa Libertadores e mais de 40 mil torcedores no Monumental de Núñez, onde a Tribuna Centenário virou o Setor Leste do Estádio Nilton Santos.

Inquestionável. O Botafogo é dono da América. E o Brasil está pintado de preto e branco. O título nacional, após 29 anos, representa o encontro de gerações: do avô, do pai, do filho e dos netos. De Manga, Wagner e John. De Jairzinho, Túlio e Luiz Henrique. O Glorioso é gigante. Respeitem o Mais Tradicional!

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