Leonardo Pereira

Botafogo, o time que desafia o status quo

O Botafogo escreve, neste 2021 atípico, a história mais improvável do futebol brasileiro. Em todas as previsões, desde as mesas redondas mais conceituadas até o botequim da esquina, Flamengo e Palmeiras fariam uma final de um torneio eliminatório, como ocorre nesta Libertadores. O Atlético, com um esquadrão, não ficaria de mãos vazias e, agora, pode abocanhar uma Copa do Brasil e o primeiro Brasileirão em 50 anos. E dois clubes nacionais estariam na decisão da Sul-Americana, pois é gritante a diferença entre o país pentacampeão mundial e os demais vizinhos, até em uma competição alternativa. Na Série B, a história foi diferente. O Glorioso está prestes a confirmar o seu retorno à elite de um modo até confortável para os padrões da “Segundona mais difícil de todos os tempos”, anunciada, deste modo, aos borbotões pela crônica esportiva.

Nesta segunda-feira (15), data da Proclamação da República, contra o Operário, diante de um Estádio Nilton Santos lotado, o Botafogo pode consumar o acesso que, segundo especialistas, pertencia ao Vasco, o “grande mais estruturado”, diziam. O Alvinegro desafiou o status quo e rompeu com sua inércia ao trocar, de forma certeira, Marcelo Chamusca por Enderson Moreira no comando técnico. A partir daquele momento, o time lançou-se em uma arrancada ininterrupta da 13ª colocação rumo à liderança da tabela, sendo quase impecável em seus domínios (exceção fica por conta da partida contra o Avai) e sempre beliscando alguns pontinhos longe do Rio de Janeiro. Uma trajetória pragmática e correta, com pouquíssimos percalços.

As análises rasas sobre o Botafogo permanecerão em 2022. Antes de a bola rolar, decretarão um novo rebaixamento do clube, mesmo que a diretoria monte um time decente para disputar o Campeonato Brasileiro de forma digna e competitiva. Apesar de o Botafogo amassar o Vasco e sentenciar uma nova temporada do rival na Série B, houve quem pontuasse que o clube organizado era aquele goleado e no meio da tabela, como se a campanha do Glorioso fosse mera obra do acaso. Mas a Estrela Solitária estará sempre vigilante para provar o contrário. É muito mais interessante, para a torcida, seguir nadando contra a maré.

Aos equivocados, aceitem, pois dói menos.

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Leo Pereira

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