A Copa do Brasil é sinônimo de frustração para a torcida do Botafogo. Ano após ano, o alvinegro, em algum momento, geralmente bem cedo, arranca os cabelos. No entanto, sob outro prisma, o Glorioso, turbinado pela grana da Eagle Holding, pode romper com o passado, exorcizar fantasmas e obter o melhor desempenho na competição de mata-mata durante a era SAF. Para chegar lá, precisa vencer o Bahia, nesta quarta-feira (7), às 19h, na Arena Fonte Nova, no jogo de volta das oitavas de final da competição. Como empresa, seria a primeira vez que ultrapassaria esta fase e estaria vivo na busca por um título inédito.

Carlos Alberto marca contra o Bahia. Ele é uma das armas do técnico Artur Jorge – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Em 2022, na primeira temporada de seus novos tempos, o Botafogo caiu feio: 5 a 0, no placar agregado, para o América Mineiro. Em 2023, a Estrela Solitária vinha muito bem no Brasileirão até mudar a chave para a Copa do Brasil e perder, nos pênaltis, para o Athletico Paranaense, depois de um de 3 a 3 na soma dos encontros. Neste ano, com o 1 a 1 na ida, no Estádio Nilton Santos, um novo empate, diante do Bahia, obrigaria o Mais Tradicional a voltar novamente à marca da cal.

Histórico x realidade

Quando para e pensa em Copa do Brasil, nem mesmo o mais calejado torcedor do Botafogo escapa do pânico. Afinal, o time acumula vexames e eliminações precoces, tornando-se mero coadjuvante da competição. Há uma variedade inesgotável de decepções: Aparecidense, Juventude, ABC, Cuiabá, Santa Cruz, Vitória, Avaí, Ipatinga, Americano, Gama, Remo, Paraná, Goiás, Paulista, Figueirense, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Corinthians… Adversários de diferentes divisões, com distintos portes, já atravessaram o caminho do Glorioso e tiraram uma casquinha.

O momento do Botafogo, contudo, contrasta com este histórico assombroso. O Mais Tradicional é líder isolado do Campeonato Brasileiro e também enfrenta o Palmeiras nas oitavas de final da Copa Libertadores. Ou seja, mantém-se protagonista em três frentes, algo inédito em toda história. Agora, o Glorioso reúne todas as condições de retornar às quartas de final pela primeira vez em sete anos (em 2017 – no melhor retrospecto ate então -, chegou à semifinal).

É possível o Botafogo sonhar com a Tríplice Coroa?

Diante da nova realidade que se avizinha, o técnico Artur Jorge não define qual será a prioridade do Botafogo neste momento mais agudo da temporada. Aliás, para o treinador minhoto, os três torneios estão no mesmo nível de relevância e competitividade. A Copa do Brasil, então, ganha um caráter de Mundial nesta semana. A Tríplice Coroa está, sim, no radar.

“Vamos ter um jogo decisivo, frente a um rival de muita qualidade, que vai jogar em casa depois de empatar conosco no Rio de Janeiro. É um jogo decisivo para as duas equipes. A partida me tira muito da forma de pensar e trabalhar, porque iremos com a mesma ambição e determinação para chegar à Bahia, vencer o jogo e seguir em frente. Queremos também agarrar a Copa do Brasil de uma forma muito capaz, não abdicando de qualquer competição”, pregou o treinador bracarense.

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