O Botafogo segue sem dar esperança ao torcedor. No domingo, no Estádio Nilton Santos, mais uma atuação abaixo da média para deixar o alvinegro cansado da própria indignação. Pior ainda porque o treinador não estudou o rival e conseguiu desarticular um time que já é ruim na derrota para o Corinthians por 2 a 0, no Engenho de Dentro, Grande Méier, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Eduardo Barroca inventou o zagueiro Rafael Forster na lateral esquerda, com Victor Luis avançado, como extremo, do mesmo lado. Desde sábado, o planeta inteiro sabia a novidade. Antes de o treinador cogitar as mudanças, alguém já estava de prontidão para vazá-las. No meio de campo, o trio de volantes José Welison/Caio Alexandre/Cícero, com mobilidade nula, não contribuiu em nada. No ataque, sem receber a bola, Pedro Raul estava mais perdido do que cachorro em dia de mudança. A criação deste Frankenstein tático custou 90 minutos a menos na luta desesperada contra o rebaixamento.

Barroca desgasta a suas cordas vocais no Nilton Santos – Vitor Silva/Botafogo

O “barroquismo” é uma ciência inexata que jamais vingou no futebol. A cada troca de passes na defesa do Botafogo, bastava o Corinthians subir a marcação para os defensores alvinegros se complicarem. A pane aumentava quando o Timão colocava a bola na área. Em uma delas, o baixinho Cazares, enfiado no meio dos grandalhões, meteu a testa na pelota para abrir o placar.

O intervalo fez Barroca refletir bem e voltar com Kalou e Matheus Babi nos lugares de Victor Luís e Warley, respectivamente. Pouco depois, Lecaros foi acionado no lugar de Welison para causar um pouco de frisson no adversário. O afoito Eder Bessa entrou na vaga do apático Cícero. E Rhuan por Forster para encerrar as alterações descabidas.

O Botafogo se aproximou da área do Corinthians meio no abafa enquanto era atacado por uma equipe organizada, vertical e perigosa. A verdade é que os paulistas estiveram mais próximos do segundo gol do que o Alvinegro do 1 a 1. Não deu outra. Matheus Vital passou pela defesa do Botafogo como se estivesse na Praia de Copacabana e meteu no canto de Diego Cavalieri.

Pois é…  Feliz ano velho, torcedor alvinegro!

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