O técnico Luís Castro foi apresentado pelo Botafogo para assumir o comando da equipe até o fim de 2024. Confiante no projeto de John Textor, o português realizou o primeiro trabalho com o elenco principal nesta terça-feira (29), pela manhã, e teve um panorama sobre o que precisará fazer na atual temporada.
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Até o momento, o Botafogo conta com 43 jogadores e o número ainda tende a aumentar, pois o clube segue no mercado em busca de reforços para formar o seu sonhado elenco campeão. Vale lembrar que o time terá somente 10 dias de treinos até o início do Campeonato Brasileiro.
Nesta janela, o Glorioso já assinou com seis novos atletas: o zagueiro Philipe Sampaio, o lateral-direito Saravia, os volantes Patrick de Paula e Oyama, o meia Lucas Piazón e o atacante Victor Sá. Destes, apenas Sampaio estreou ainda nas semifinais do Campeonato Carioca. Inclusive, quem marcou presença no segundo jogo (2 a 1), foi o técnico Luís Castro, que elogiou o desempenho da equipe.
“Minhas primeiras palavras foram dar os parabéns pelo jogo contra o Fluminense. A equipe esteve muito bem, dedicada e determinada. O Lúcio Flávio fez um trabalho fantástico ao longo deste período que esteve à frente do Botafogo e esteve perto de chegar na final. Vi uma equipe sempre unida que criou muitas dificuldades, tentou chegar sempre ao gol adversário. Parabenizei os jogadores e o Lúcio Flávio”, disse o treinador durante sua apresentação.
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Apesar da visível empolgação com o que o Botafogo mostrou diante do Fluminense e durante o primeiro treino, Luís Castro tem planos que vão levar o clube de General Severiano por outro caminho: montar um time A com 30 jogadores e criar um time B para melhorar a formação dos atletas da base e aumentar o rendimento de quem eventualmente cair de produtividade na equipe principal.
“O time B fará com que coloquemos os jogadores para render e se render irem para a equipe A. Isso não quer dizer que o jogador do time B não tenha qualidade. O futebol de formação é muito difícil. Quando pensamos que o jogador está formado, dá um passo errado e perde-se uma carreira. Na equipe B terá atenção do treinador. Este equilíbrio entre ganhar e desenvolver é da parte mais complexa do futebol. Quando Cristiano Ronaldo chegou ao Manchester, via-se muitas vezes ele jogar bem e Ferguson o colocava no banco”, exemplificou Luís Castro.
Para colocar os planos em prática, o treinador ainda poderá contar com o centroavante Zahavi, do PSV, da Holanda, o lateral-esquerdo Fernando Marçal, do Wolverhampton, da Inglaterra, e o meia Lucas Fernandes, do Portimonense, de Portugal, todos com negociações em andamento com o Botafogo. Além deles, o clube está tentando fechar com Igor Gomes, meia do São Paulo.
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Construção do centro de treinamento
De acordo com o jornalista Thiago Veras, da “Rádio Tupi”, John Textor pretende formular o time B de imediato. Assim, o clube contrataria, também, um técnico para assumir o comando da equipe. Com essas intenções, a construção de um centro de treinamento se torna ainda mais necessária. Porém, na entrevista coletiva desta terça-feira, o próprio Luís Castro reconheceu que o Botafogo está encontrando dificuldades para levantar a estrutura.
“Não vamos esconder nada. Estamos com muitas dificuldades, não temos espaço para treinar, mas teremos que ganhar assim mesmo. Sou responsável por tudo que acontecer no Botafogo. Aceitei o clube como o clube está. Aceitei o investimento na estrutura. Não sabemos onde vamos treinar amanhã. Vamos lutar muito para ter melhorar. É fundamental ter um CT. Não podemos comprar um carro e não ter uma estrada para andar com ele. Vamos organizar rapidamente e andar uma zona mais turbulenta para depois andar melhor. O clube está bem organizado, tem que parabenizar o clube. Organização existe, mas a estrutura está velha”, disse o treinador.
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Para resolver o problema, John Textor, dono de 90% do futebol do Botafogo, já está atrás de outros investidores. Enquanto isso, o elenco do Glorioso, que tinha planos de fazer uma intertemporada fora, continuará treinando no Nilton Santos e no Espaço Lonier.
“Toda infraestrutura de treinamentos tem grandes desafios. Nós temos grandes parceiros, pessoas que têm onde os jovens podem treinar. O Sub-20 treina no Cefat, onde tem pessoas comprometidas com o Botafogo. No Lonier temos os irmãos Moreira Salles que são grandes botafoguenses. É como se fosse uma colcha de retalho, temos CTs espalhados pelo Rio e é difícil de trabalhar sistematicamente”, observou o executivo.
Um ponto positivo é que o treinador Luís Castro observou o comprometimento da equipe administrativa e dos jogadores do Botafogo para tornar os planos de John Textor uma realidade. Segundo o português, todos os envolvidos estão se dedicando ao projeto e existe uma mentalidade de vencedores.
“Acho que nossos jogadores tem a capacidade e mentalidade vencedora ou não conseguiriam após a derrota em casa, por 1 a 0, chegar na casa do Fluminense (no caso, o Maracanã) e fazer 2 a 0. O Botafogo ganhou o último jogo, fez dois gols. Perdemos o acesso à final, mas ganhamos o jogo e percorremos um bom caminho. Portanto, é só dar continuidade a essa mentalidade vencedora”, concluiu o novo treinador.
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