Jogos Olimpicos

Brasil, com Rebeca e base do Flamengo, é bronze na ginástica por equipes

Rebeca vibra após um espetacular 15,100 que ajuda o Brasil a pular do sexto para o terceiro lugar e, enfim, ficar com o bronze nos Jogos Olímpicos – Foto: Divulgação / Time Brasil

Festa dos atletas do Flamengo na final por equipes da ginastica feminina nos Jogos Olímpicos. Afinal, a seleção que conta com as rubro-negras Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Lorrane dos Santos e Jade Barbosa, além da paranaense Julia Soares, conquistou nesta terça-feira (30/7) a medalha de bronze. Mas o pódio só veio na raça: na última rotação, no último salto, de Rebeca Andrade. A estrela conseguiu 15,100 e fez o time, que entrou na reta final em sexto lugar, pular para o terceiro. Porém, como na ginástica há uma rotação de aparelhos, o Brasil encerrou a participação primeiramente. Dessa forma, apenas confirmou a medalha ao fim da rotação da Inglaterra.

Rebeca, Jade, Lorrane, Flavinha (todas do Flamengo) e Julia Soares no pódio com suas medalhas de bronze  – Foto: Lionel Bonaventure/AFP via Getty Images

Uma conquista histórica, que teve até sangue. Afinal, Flavinha se machucou no aquecimento e competiu com o olho direito inchado e sutura no supercílio. E, também, superação, já que Julia Soares caiu na trave.

O ouro foi dos Estados Unidos, com novo show do mito Simone Biles e pontuação de 171,296. A prata ficou com a Itália, com 165,494. O Brasil fechou com 164,497 e o quarto lugar foi da Grã-Bretanha (afinal, Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda do Norte competem juntas), com 164,263.

Julia Soares, Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade, Flavia Saraiva e Jade Barbosa posam . O quinteto traz um bronze histórico para o Brasil  – Foto: Loic Venance/ AFP via Getty Images

Estrela maior

Rebeca Andrade foi o grande destaque, já que além do notão no salto, teve as melhores notas da equipe nos outros três aparelhos.  Vale citar que Rebeca e Flavinha competiram nos quatro aparelhos. Julia na trave e solo; Lorrane apenas nas barras; e Jade apenas no salto.

Sangue de Flavinha e queda de Julia Soares

No início, um susto: Flávia Saraiva, nas barras, sofreu queda no aquecimento e abriu o supercílio direito. Fez um curativo e foi à briga. Mas o Brasil começou longe do pódio, já que as duas primeiras rotações foram nas barras paralelas e na trave, exatamente as mais fracas das brasileiras. Para dificultar, Julia Soares, na sua especialidade, teve queda na trave e com a pontuação baixa. O Brasil ficava longe do Top-3. Entretanto, depois do solo, a boa pontuação fez a equipe brasileira entrar em sexto, com 122,131 para o salto.

Barras
Lorrane 13,0
Flávia 13,666
Rebeca 14,533
Trave
Julia Soares (que teve uma queda) – 12,400
Flavia 13.433
Rebeca – 14,133
Solo
Julia Soares – 13,233
Flavia – 13,533
Rebeca – 14,200

Rebeca dá show e Brasil é bronze

Naquele momento, o bronze era britânico, com 124,164. Mais de dois pontos atrás das britânicas, que iriam competir na temida trave. Como Estados Unidos e Itália estavam bem à frente, a briga era pelo bronze. Os saltos de Jade e Flávia foram muito bons. Assim, o Brasil se colocou em quarto lugar superando Romênia e China. Restava Rebeca dar um salto campeão para levar o time ao terceiro lugar, pois a diferença ainda era grande, acima de um ponto (isso é diferença gigante na ginástica). Mas a campeã olímpica no aparelho em Tóquio e campeã mundial não falhou: 15.100, nota espetacular. Assim, restava esperar a última britânica na trave, no outro lado do ginásio. Ela não poderia passar de 13.833. A ginasta conseguiu 13, 600. Enfim, Brasil bronze. Histórico.

Salto
Jade – 13,366
Flávia – 13,900
Rebeca – 15,100

E vem mais por aí!

O Brasil ainda poderá ganhar mais medalhas na ginástica. Rebeca está na final individual, no salto, na trave e no solo, com chance de medalhas em todas. Como ela já tem um ouro (salto) e uma prata (geral) em Tóquio, pode sair da França como a maior campeão olímpica do país. Flavinha disputa a final individual e Julia está na final da trave.

Esta foi a quarta medalha do Brasil na França. O país já tem uma prata e um bronze no judô e um bronze no skate street (Rayssa).

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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