A reunião que a Conmebol promoveu nesta sexta-feira (5) para resolver problemas relacionados à realização da rodada das Eliminatórias, entre os dias 25 e 30 de março, terminou sem um consenso graças a um impasse criado entre Brasil e Argentina por causa do agravamento da pandemia de Covid-19.

Diante das dificuldades para que tenha seus jogadores liberados por times europeus (Inglaterra e Alemanha já se manifestaram publicamente que não vão ceder atletas de países que estejam na lista vermelha), a CBF informou que não vai jogar nas datas previstas em caso de boicote. Peru, Chile, Venezuela e Bolívia acompanharam o voto do Brasil. Já a Argentina, acompanhada do Uruguai, se manifestou pela realização normal da rodada.

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O Brasil tem atualmente 25 jogadores na Premier League e 10 na Bundesliga, entre eles Ederson, Thiago Silva, Fabinho, Douglas Luiz, Alex Telles, Richarlison, Firmino e Gabriel Jesus, nomes comuns nas listas relacionadas pelo técnico Tite.

“A Fifa se comprometeu a continuar buscando uma solução para o impasse que surgiu porque os jogadores sul-americanos que atuam nas ligas europeias não serão liberados em favor de suas seleções. Amanhã (sábado) está agendada uma reunião virtual entre o presidente da Fifa e o Conselho da Conmebol”, informou a Confederação por meio de suas redes sociais.

Nos bastidores, Conmebol e Fifa também não falam a mesma língua. Enquanto os sul-americanos querem a manutenção das datas, a entidade máxima do futebol luta para mudar algumas datas e, até mesmo, adiar a competição caso não haja um consenso. A Ásia e a Concacaf (Américas do Norte, Central e Caribe) adiaram seus calendários.

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