Após a vitória do Goiás sobre o Atlético-GO, no último domingo, Fellipe Bastos afirmou que foi chamado de “macaco” duas vezes por um torcedor do Dragão. Posteriormente, durante a entrevista coletiva, o volante detalhou o ocorrido e se mostrou triste e assustado com a injúria racial que sofreu.
“Aconteceu um ato racista. Eu estava saindo para o vestiário e um rapaz com óculos na cabeça me chamou de ‘macaco’. Eu voltei e falei para ele repetir. E ele falou: ‘macaco’. Me chamou duas vezes de macaco. No mundo em que a gente vive o ato racista nos deixa entristecido porque as pessoas que estavam ali do lado viram, as pessoas que estavam atrás de mim viram”, contou o jogador.
“O policial e os seguranças poderiam ter identificado o torcedor. É recorrente. Já aconteceu em outros estádios, com outros jogadores, outras pessoas. Temos que dar um basta nisso, só quem sofre é que sente. Eu não queria que isso abafasse nossa primeira vitória no Campeonato Brasileiro, mas é importante falar. Estou assustado, pois é a primeira vez que acontece comigo. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu”, completou.
Fellipe Bastos ainda lembrou outros acontecimentos recentes, principalmente na Libertadores, e pediu que o torcedor em questão seja identificado e punido.
“Estou muito triste, perplexo com o que aconteceu porque não foi só uma vez. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu. Ou seja, ele é racista, não tem outra coisa para se falar de uma pessoa que repete o ato errado, que volta e repete o que falou. Estamos vendo acontecimentos no futebol, a gente viu contra o Fortaleza e o Corinthians (na Libertadores). Outros casos aconteceram. Essa pessoa tem que ser identificada, tem que sofrer punição. Não acho que é o clube que tem que sofrer, uma pessoa não diz o que é o Atlético-GO, mas a pessoa tem que sofrer a punição. É fácil identificar, pois ele me chamou duas vezes de “macaco'”, disse.
Durante a coletiva de Fellipe Bastos, o técnico do Atlético-GO, Umberto Louzer, apareceu e prestou solidariedade ao atleta.
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