O ato de selvageria entre torcedores de Querétaro e Atlas, verificados no sábado passado (5), no Estádio La Corregidora, pode ter uma motivação muito além da rivalidade das duas torcidas, que pertencem a cidades vizinhas.
Governo de Querétaro não confirma mortes e fala em 26 hospitalizados
De acordo com informações do jornal mexicano ‘Publimetro’, as imagens e vídeos que rodaram o mundo pelas redes sociais mostrando que os feridos foram despojados de seus pertences e roupas chamaram a atenção da polícia e de autoridades locais. Para muitos, as imagens se assemelham a uma prática comum das quadrilhas do crime organizado.
O motivo da briga nas arquibancadas de La Corregidora teria sido causado por uma disputa entre um membro supostamente ligado ao Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), conhecido pelo apelido de Herón, do Atlas, e um de seus rivais, conhecido como Beto, do Querétaro. Os dois estariam envolvidos com a prática de roubo de combustíveis na cidade de San Juan del Río, no estado de Querétaro.
A barra brava do Querétaro La Resistencia agiu no nível costumeiro do acerto de contas entre cartéis e organizações criminosas rivais, que retiram as roupas das vítimas para que não haja vestígios possíveis, a fim de atrapalhar a identificação por parentes ou conhecidos.
Ministério Público já investiga o caso
O Ministério Público do estado de Querétaro já abriu investigação sobre o caso e está analisando as imagens veiculadas nas redes sociais para tentar identificar os envolvidos. Existe, inclusive, uma linha de investigação de pessoas ligadas a membros de carteis infiltradas na empresa particular de segurança do estádio.
Neste domingo (6), o governador de Querétaro, Mauricio Kuri, assegurou que o saldo de feridos é de 26 pessoas, duas delas mulheres e nenhuma morte, contrariando os rumores iniciais de que haveria, pelo menos, 17 mortos além de mais de 100 feridos.
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