Após o revés para o Flamengo por 2 a 1, no Nilton Santos, Bruno Lage teve uma atitude inusitada ao colocar o cargo à disposição, mas logo explicou que tentou blindar o elenco e trazer a pressão para si. Com isso, o comandante quer deixar o desabafo polêmico para trás e prefere focar na sequência do trabalho. Mesmo com contrato curto, até o fim da temporada, o português reafirmou seu compromisso com o Botafogo e disse que não usa o clube como “trampolim” para voltar à Europa.

“Eu estou com alma e coração no Botafogo, que o torcedor não tenha dúvidas disso. Por eu ter feito um contrato de pouca duração, podem achar que eu vim aqui para fazer trampolim. Eu senti isso nas primeiras coletivas, mas não é nada disso”, disse, em entrevista ao portal ‘ESPN’.

Treino do Botafogo - Bruno Lage
Bruno Lage reafirmou seu compromisso com o Botafogo e quer confirma o título brasileiro – Vitor Silva / Botafogo

AMBIÇÃO DE TEXTOR E CONFIANÇA NO PROJETO

Lage disse ainda que John Textor, dono da SAF alvinegra, é um homem ambicioso e que quer alçar o Botafogo a voos muito maiores. O técnico, de 48 anos, chegou ao Rio de Janeiro depois de Luís Castro aceitar a proposta do Al Nassr, que tem Cristiano Ronaldo como sua principal estrela. Vale lembrar que Cláudio Caçapa chegou a comandar o time em quatro rodadas (100% de aproveitamento), de forma interina.

“Estou com a minha cabeça no Botafogo, quero fazer os jogadores evoluírem e não precisei vir para fazer trampolim. Eu vim porque realmente acreditei nas minhas ideias e no projeto do John (Textor). Ele é uma pessoa muito ambiciosa que quer fazer do Botafogo um clube ainda mais grandioso, vencedor e não apenas por um momento, mas sim no momento e no que vem depois. E é isso que nós estamos fazendo”, frisou.

 

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PRESSÃO E ANSIEDADE PELO TRI

Bruno Lage também crê que os jogadores acreditam no projeto e que isso tem se refletido com os torcedores, com o Estádio Nilton Santos lotado. O treinador, porém, reforçou que existe enorme pressão e ansiedade para a conquista de um título que não sai desde 1995.

“É uma pressão enorme no Botafogo e todos nós sentimos isso, o peso que é treinar e representar o torcedor do Botafogo. É uma ansiedade máxima. Repito que os jogadores foram os primeiros que acreditaram que poderiam fazer algo especial, é só recordar a forma que o Nilton Santos tem enchido nos últimos jogos. Há essa ansiedade que nós temos que saber conviver quando se está em uma equipe grande e que luta pelo título”, concluiu.

O Botafogo volta a campo no próximo sábado (16), às 21h (de Brasília), para medir forças com o Atlético-MG, na Arena MRV, pela 23ª rodada. No momento, o Alvinegro segue na liderança isolada com 51 pontos, dez à frente do Palmeiras, que ocupa a segunda colocação.

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