Corinthians

Campeão brasileiro, Carille diz que Corinthians perdeu o DNA do clube

A temporada conturbada do Corinthians vem chamando a atenção não só dos torcedores, mas também de treinadores que já passaram pelo clube. Tricampeão paulista (2017, 2018, 2019) e campeão brasileiro (2017), Fábio Carille trabalha atualmente no V-Varen Nagasaki, da Segunda Divisão do Japão. Contudo, não deixa de acompanhar o Timão.

Em entrevista ao canal “Goat’, o treinador criticou a instabilidade e a troca de técnicos constante no Parque São Jorge. Além disso, ele acredita que o Corinthians precisa reencontrar seu DNA e forma de jogar, para voltar a ser vencedor.

Carille acredita que atual Corinthians não tem o DNA do clube – Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

“A questão da instabilidade, de técnico. Primeiro que o Corinthians precisa criar uma forma de jogar. Praticamente pode se dizer que de 2009 a 2019 houve uma ideia de jogo. Claro que você mudava um pouco por conta das características dos jogadores, mas a ideia era a mesma, de ter um meia armador jogando pelos lados. Então foi o Danilo muito tempo fazendo isso. Depois veio o Jadson fazendo essa função. Tinha uma linha de quatro muito definida. E acho que se perdeu nesse sentindo, na forma de jogar”, disse Carille, que prosseguiu.

“Eu acho que o Corinthians tem seu próprio DNA. Falando de clubes, de quando eu acompanho o Corinthians, eu lembro de dois momentos que a equipe era um time pra propor jogo. Uma delas foi na época que ganhou o Mundial de Clubes, com Rincón, Marcelinho, Vampeta, Ricardinho, um timaço. E 2015, que era um super time com Renato Augusto, Jadson, fizeram um Brasileirão maravilhoso ali”, completou o treinador.

Carille diz que times vencedores do Corinthians, sempre tem uma boa defesa

Por fim, Carille também ressaltou o poder defensivo que o Timão sempre teve em seu DNA. Ele comparou os times campeões em 1990 e 2012 e ressaltou a defesa das duas equipes, em títulos tão importantes na história do Corinthians.

“O próprio time da Libertadores e Mundial de 2012, era um time de guerreiros com muita personalidade, onde não tinha uma estrela. Falando de Libertadores e Mundial, foram 16 jogos onde o time tomou quatro gols. Então era aquele time bem ajustado, com saídas e jogadores que decidiam na frente. O Corinthians ganhou muito assim. O próprio Brasileiro de 90, o Corinthians não era favorito nunca, foi indo fechadinho, Neto e os jogadores da frente decidindo. Então a primeira coisa para voltar é achar uma forma definida de jogar. Fica mais fácil pro técnico e pra contratar jogador, se tiver uma linha a seguir”, concluiu Carille.

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Felipe Camin

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