O Internacional é um adversário difícil para o Flamengo, domingo, no Maracanã. Nem tanto para o campeoníssimo Andrade, integrante do lendário time de Zico de 81. Acostumado com grandes decisões, ele vê a equipe de Rogério Ceni como favorita na partida em que precisa vencer para arrancar para o título do Brasileirão: o Rubro-Negro é vice-líder com 68 pontos um a menos que o Colorado, em primeiro lugar na tabela, com 69.
“O Flamengo está crescendo na competição e, mesmo jogando sem torcida, em casa, não terá que se deslocar para o Sul. Além disso, é uma equipe forte, qualificada e acostumada a jogos como este. O time leva vantagem sim nesta partida”, considera.
Campeão brasileiro como jogador (1980, 1982, 1983, 1987 e 1989, este último pelo Vasco) e como técnico (2009), Andrade já teve o Internacional como adversário numa decisão. Em 87, no Maracanã, foi dele o passe para que o craque Bebeto fizesse o gol do título na vitória de 1 a 0. Doze anos depois, em 2009, era o Colorado que poderia tirar o caneco do Flamengo na última rodada do Brasileirão.
“Em 2009, no intervalo do nosso jogo com o Grêmio, no Maracanã, eles estavam ganhando o campeonato,” lembrou-se o ex-volante se referindo ao jogo em que o Flamengo precisava vencer o Tricolor gaúcho para conquistar o hexa. O Flamengo começou perdendo por 1 a 0, mas virou para 2 a1. O Internacional, com os 4 a 1 sobre o Santo André, ficou com uma mão na taça a maior parte da partida, mas acabou com o vice-campeonato.
O caminho para a vitória
Para a decisão de domingo, Andrade não acredita que o Internacional, de Abel Braga, mudará sua forma de jogar. Segundo ele, o Colorado entrar em campo fechado, tentando explorar os contra-ataques como fez na goleada de 5 a 1 sobre o São Paulo no Morumbi.
“É um duelo de um time que gosta de atacar e de outro, que prefere se defender. Ninguém consegue se aguenta na defesa por 90 minutos. Uma hora vai falhar. O Flamengo precisa se aproveitar disso e um gol logo no início pode mudar tudo. Tem que marcar na pressão a saída de bola e provocar as falhas do adversário. Mas precisa se preocupar com as bolas aéreas. O Tiago Galhardo é um perigo nesta jogada,” ensinou.
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