O Campeonato Italiano 2024/2025 começa neste sábado (17), com quatro partidas na Terra da Bota, todos no Norte do país. Com quatro campeões diferentes nos últimos cinco anos, a expectativa da torcida e da imprensa é que a 123ª edição da competição tenha bastante equilíbrio.
Inter vai atrás do bi do Italiano
O Scudetto conta com 20 times, que se enfrentam, então, em turno e returno. Desse modo, cada time fará 38 jogos. A Internazionale de Milão é atual campeão e buscará um bicampeonato, o que não vem desde o penta entre 2006 e 2010. A Inter, aliás, jogará com duas estrelas no peito pela primeira vez. Assim, na Itália, a cada 10 títulos do Italiano, o time pode colocar mais uma estrela no uniforme. Como este, foi o 20º título: a Cobra pode se dar este luxo.
Para falar mais sobre o Campeonato Italiano, ante de tudo, separamos os 20 clubes em quatro “potes”, todos com cinco equipes. Afinal, o Scudetto classifica quatro times para a Champions League de 2024/2025, um para a Liga Europa, enquanto o sexto lugar ficará com a vaga na Liga Conferência.
Favoritos:
Inter de Milão: Eis a grande favorita. No ano passado, venceu com sobras. Para 2024/2025, a Inter aposta nas manutenções do artilheiro do último Italiano, Lautaro Martínez, e do treinador Simone Inzaghi. A diretoria, inclusive, conseguiu manter a base do time vencedor.
No entanto, a Inter ainda foi às compras e trouxe atletas como Taremi, ex-Porto, e Zielinski, meia contratado do Napoli. Entre contratações e volta de empréstimos, são 13 nomes. O atacante chileno Alexis Sánchez e o volante colombiano Cuadrado, ambos nascidos em 1988, são alguns dos que deixaram a equipe.
Juventus: Maior campeã, com incríveis 36 títulos, a Velha Senhora enfileirou nove taças seguidas entre 2012 e 2020. Depois, contudo, passou por uma crise financeira, mas beliscou duas Copas da Itália e uma Supercopa no período. Neste ano, quer vir com tudo para cima da concorrência. Na última edição, ficou em terceiro.
A Juventus contratou o treinador ítalo-brasileiro Thiago Motta, que fez uma temporada brilhante com o Bologna em 2023/2024. A Velha Senhora contratou também o volante Douglas Luiz, ex-Vasco, Aston Villa e que disputou a Copa América pelo Brasil. Falando em brasileiros, o lateral Alex Sandro deixou o clube. O goleiro polonês Szczesny, que estava no clube desde 2017, rescindiu, com rumo ao futebol saudita.
Milan: Atual vice-campeão, o Milan perdeu o centroavante Giroud para a MLS, mas trouxe Morata, ex-Juventus e Atlético de Madrid, Real Madrid e Chelsea, além de campeão europeu com a Espanha mês passado. Falando em contratações, o Rubro-Negro também acertou a chegada de Emerson Royal, ex-Seleção, Atlético-MG e Tottenham.
O Milan tem 19 títulos (o último em 2021/2022) e, portanto, está motivado em empatar a corrida com a Inter de Milão, além de conquistar a segunda estrela no peito. O último título veio em 2021/2022, sob o comando de Stefeno Pioli, substituído pelo português Paulo Fonseca para esta temporada.
Napoli: O Napoli não tem o mesmo peso do que os outros três, é verdade, mas eles ainda têm os atacantes Osimhen e Kvaratskhelia, que embalaram o time no título de 2022/2023. Os napolitanos também apostam na contratação do treinador Antonio Conte, tetracampeão do Scudetto (três com a Juventus e uma com a Inter de Milão).
A equipe ainda se apega no fato de não disputar nenhuma competição continental nesta temporada. Assim, terá mais tempo para treinar. É tricampeão italiano e foi 10º na temporada passada. A contratação do lateral Spinazzola, ex-Roma e Juve, é um destaque. O atacante David Neres, ex-São Paulo, Ajax e Shakhtar Donetsk, está perto de ser contratado pelo Napoli, vindo do Benfica.
Atalanta: Não tem nenhum título, mas tem feito boas campanhas, todas com o ataque poderoso. Na temporada anterior, ficou em quarto, com mais de 70 gols. A equipe de Bergamo vem ainda de um vice na Copa da Itália e título da Liga Europa. A base do time vencedor está mantida, com o dos atacantes Lookman e Scamacca.
Já em 2024/2025, deu certo trabalho ao Real Madrid, mas perdeu a Supercopa. Uma contratação de impacto é a do meia Zaniolo. Ex-Roma e Internazionale, foi contratado do Galatasaray. O clube é comandado por Gasperini desde 2016 e, agora, está perto de contratar o lateral-direito Wesley, ainda do Flamengo.
Correm por fora
Roma: Tricampeã italiana, a Roma não levanta o Scudetto desde 2000/2001. Na temporada passada, terminou em sexto lugar. A Loba contratou o atacante ucranaino Artem Dovbyk, artilheiro do Campeonato Espanhol pela Girona na última temporada. A manutenção de Lukaku é um trunfo.
Por outro lado, a equipe perdeu o atacante Belotti, que defendeu a Fiorentina, por empréstimo, no primeiro semestre. Campeão do mundo com a Argentina, o atacante Dybala está perto de selar sua ida para o Al-Qadsiah, da Arábia Saudita. O time será comandado pelo ídolo De Rossi, um grande ex-volante dos anos 2000.
Lazio: Maior rival da Roma, a Lazio tem dois títulos (o último em 1999/2000) e vem de um sétimo lugar na temporada passada. Nesta janela, a equipe se reforçou, mas não trouxe nenhum atleta “badalado”. Um reforço digno de nota é o lateral-esquerdo português Nuno Tavares, emprestado pelo Arsenal. A Águia perdeu jogadores importantes como Felipe Anderson, Immobile e Luis Alberto, sem reposições à altura.
Bologna: A equipe encantou a Europa na temporada passada, conquistando uma vaga na Champions League pela primeira vez desde os anos 1960. A equipe, heptacampeã italiana (último em 63/64), ficou em quinto na última temporada. No entanto, o grande nome daquele time, o treinador Thiago Motta, acertou com a Juventus. Uma contratação promissora é a do lateral-direito Emil Holm, que chega da Fiorentina. Aliás, o treinador Vincenzo Italiano também chega da equipe de Florença.
Fiorentina: Falando na Viola, a Fiorentina também fez grande trabalho na temporada passada. Terminou em oitavo no italiano, sem vaga em competições continentais, mas foi vice na Copa da Itália e na Liga Conferência. O atacante Moise Kean chega da Juventus. A Fiorentina é bicampeã italiana, sendo o último no ano em 1968/69. O treinador será Raffaele Palladino, de apenas 40 anos.
Torino: O Torino é o “primo pobre” de Turim, cidade da Juventus, mas ainda goza de muita torcida em alguns estados do Norte da Itália. Heptacampeão, o Torino não levanta a taça desde 76. Em 2024/2025, corre por fora, mas aposta no fato de não ter que se dividir com torneio europeu. Afinal, ficou apenas em nono. O Toro teve uma janela tímida, mas trocou de técnico: Paolo Vanoli substitui Ivan Juric.
Tradicionais:
Hellas Verona: Campeão italiano em 1984/1985, a equipe vem de um quase rebaixamento no primeiro semestre. A equipe será comandada por Paolo Zanetti.
Genoa: Detentor de nove títulos, o Genoa é o quarto maior campeão italiano, embora a última taça date de 1924. Na temporada passada, a equipe disputou a Série B e agora quer fazer bonito diante de sua legião de fãs, principalmente na Ligúria, seu estado. O técnico é Alberto Gilardino, grande atacante dos anos 2000.
Udinese: A equipe ainda busca seu primeiro título, mas está quase todos os anos na elite do futebol italiano. Uma aposta é no retorno do atacante Alexis Sánchez, onde jogou entre 2008 e 2010, com grande destaque. O treinador é o austríaco Kosta Runjaić. Na temporada passada, a equipe ficou em 15º.
Cagliari: Campeão em 1970, o Cagliari escapou do rebaixamento por um ponto na temporada passada. Em 2024/2025, uma aposta é a manutenção do zagueiro Mina, ex-Palmeiras. Davide Nicola comandará o time.
Lecce: Assim como o Cagliari, tem bastante torcida no Sul da Itália, fazendo rivalidade gigantesca com o Bari. A equipe ficou em 14º na última temporada e ainda busca seu primeiro título no Scudetto. Luca Gotti será o técnico.
Lutam para não cair:
Como: De volta à Série A após 21 anos, é a equipe que estava há mais tempo fora da elite. Talvez por isso tenha investido bastante. O time trouxe Cesc Fábregas, um grande jogador dos anos 2000, para ser o técnico. Para o ataque, chegou Belotti, que fez cerca de 150 gols juntando suas passagens por Roma, Fiorentina (seu último clube), Torino, Palmermo e AlbinoLeffe. Já para a zaga, o destaque está na contratação de Varane, ex-Real Madrid e Manchester United, onde estava desde 2021.
Parma: É uma equipe que enfileirou oito títulos entre 1992 e 2002. Agora, conquistou a Série B pela primeira vez, mas ainda falta o Scudetto. Fabio Pecchia é o treinador
Monza: A equipe da Lombardia disputa a Série A apenas pela terceira vez, todas entre 2022/2023 e agora. O goleiro Keylor Navas, ex-Real Madrid e PSG, chegou a ficar próximo, mas as negociações esfriaram nos último dias. A equipe ficou em 12º na temporada passada e será comandado por Nesta, um dos maiores ídolos do Milan.
Venezia: O clube tem o rapper Drake como novo acionista da equipe recém-promovida. A equipe será comandada por Eusebio Di Francesco, que comandou diversos times na Itália.
Empoli: Primeiro fora da zona de rebaixamento no último Italiano, a equipe teve uma janela tímida e será comandada por Roberto D’Aversa.
Comentários