Germán Cano é mais que um jogador para o Vasco. Seu posicionamento firme para abordar temas dos mais variados aliado ao faro de artilheiro nas quatro linhas elevaram o atacante à condição de mais recente ídolo do clube de São Januário. Em participação no Programa “Bem, Amigos”, do SporTV, na noite de segunda-feira (16), o argentino não fugiu das perguntas e logo foi questionado sobre quem considera ser o maior jogador de seu país na história: Maradona ou Messi.

Cano faz sua marca registrada, o ‘L’, ao balançar a rede em jogo histórico diante do Brusque – Rafael Ribeiro / Vasco

Apesar de ser fã declarado do novo craque do PSG, o centroavante cruz-maltino respondeu citando os nomes em escala de grandeza.

“É muito difícil. Muito difícil. Mas, para mim, é Maradona e Messi. Maradona e Messi”, opinou.

Ao falar sobre o Vasco, o atacante fez questão de se declarar ao clube, mostrou-se extremamente  feliz em São Januário e revelou sua meta imediata: conseguir o acesso com a equipe da Colina para a Série A do Campeonato Brasileiro:

“Subir para a Primeira Divisão com o Vasco é o meu sonho a curto prazo. Agradeço ao futebol, a todos os times que joguei e o que quero agora é desfrutar o melhor no Vasco, aproveitar a vida aqui. Sei que minha carreira agora é um pouco mais curta, estou nos últimos anos e quero aproveitar cada momento sendo feliz dentro do campo. O dia que eu não estiver feliz, paro de jogar. Sou muito feliz dentro de campo. Sonho em subir para a Série A com o Vasco. Eles merecem porque são um time muito grande no Brasil e no mundo. Vai dar tudo certo se estivermos focados. Deste modo, poderemos buscar grandes coisas na segunda parte do campeonato.”

Cano ainda resumiu as dificuldades que uma equipe grande enfrenta ao disputar uma Série B e destacou o perfil dos times participantes.

“Muito complicado. Campos ruins, altos… temos que nos adaptar rapidamente à situação que vivemos. Estamos na metade do campeonato e precisamos estar na parte de cima. Sabemos como se joga a Série B. Você faz um gol, e todo mundo se joga para trás. É muito complicado a bola entrar, ou ter uma situação de gol clara. Então estamos trabalhando nisso: não tomar gol e estar compacto na parte de trás, esperando que algum momento eu possa ter uma situação de gol. Temos de seguir trabalhando porque agora é a hora que temos que apertar mais o time para ficar na parte de cima, entrar e não sair mais do G4”, afirmou.

O camisa 14 cruz-maltino ainda relembrou a comemoração de gol erguendo a bandeira LGBTQIA+ na partida contra o Brusque pela Série B, e não perdeu a oportunidade de defender valores fundamentais no convívio em sociedade.

“Essa comemoração aconteceu sozinha, eu não atuei nada. Aconteceu, fiz o gol, e a primeira coisa que pensei foi ir ao escanteio e levantar essa bandeira, porque hoje estamos passando por muitas coisas ruins. As pessoas são iguais, e temos que respeitar, e ter igualdade de condição para todos, independentemente do que gostem e do que não gostem”, relatou o argentino, antes de emendar:

“Respeito é o principal. Depois cada um faz o que quiser em sua vida pessoal. Sem mortes, feminicídio, violações, um monte de coisas que ocorrem diariamente, e tratei de comemorar assim porque é bonito para a humanidade, esse gesto é para toda essa gente que está passando por coisas ruins.”

aaaa
Argentino ergue a bandeira LGBTQIA+ em dia histórico na Colina – Reprodução TV

Na véspera do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, no último 27 de junho, o Vasco recebeu o Brusque pela Série B e promoveu campanha em apoio ao movimento, estampando sua camisa e as bandeiras de escanteio de São Januário com as cores do arco-íris. Ao balançar a rede na etapa inicial, Cano correu para o local em que fica a bandeirinha de escanteio e ergueu o objeto com as cores da frente LGBTQIA+.

Cano volta a campo pelo Vasco nesta quarta (18), quando sua equipe recebe o Londrina, às 21h30, em São Januário, pela última rodada do primeiro turno da Série B.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook

Comentários