Em meio à preparação para sua estreia à frente da seleção, Dorival Júnior escolheu Danilo para ser o capitão no jogo diante da Inglaterra. Experiente e acostumado com o papel de liderança na Juventus (ITA), o lateral destacou a felicidade de exercer essa função também pelo Brasil. Em seu discurso, ele valorizou a trajetória e disse realizar um sonho com a escolha do novo comandante.
“Não posso deixar de sorrir sobre o papel de capitão Pode ser interpretação superficial sobre Danilo capitão da Juventus e poder me tornar aqui. Ou, paralelamente, me comparo com Danilo de Bicas. É um sorriso de felicidade, de realização de um sonho de iniciar o trabalho do Dorival exercendo a função. Sempre gostei de esclarecer funções em campo, sempre dizendo o porquê. Não pode virar robótico. Os jogadores têm uma bagagem grande, mesmo os mais jovens. Podem não entender no primeiro momento, mas aprendem rápido e ajudam no trabalho do Dorival. É pouco tempo de preparação.”, disse.
Oportunidade de crescimento
Após um dos piores anos de sua história, com derrotas, um empate e apenas três vitórias em nove partidas, o Brasil projeta um recomeço com Dorival Júnior. Assim, Fernando Diniz foi o comandante interino na última temporada, porém a entidade não conseguiu finalizar o acordo com Carlo Ancelotti. O italiano, aliás, optou por renovar com o Real Madrid, e a confederação decidiu não dar sequência ao trabalho do treinador do Fluminense.
“Toda crise, vou usar essa palavra, é oportunidade de crescimento e mudança. O momento é de resultados não bons nos últimos tempos, e isso é uma oportunidade de um passo adiante de todos os jogadores com menos tempo aqui. Tomar mais responsabilidade, entender que é começo de trabalho, mas que a seleção precisa de resultados. Dá para equilibrar isso, a chegada de novos jogadores traz entusiasmo e motivação. É importante colocar esse plano em campo para conseguir os resultados.”, analisou Danilo.
“Tem uma responsabilidade grande vestir essa camisa, peso de cada vitória aumenta a cada Copa não vencida. É tentar manter o espírito de um garoto sonhador, que sonhava em chegar na seleção, jogos importantes como hoje, Copa. Esse é o caminho. Muitas vezes esquecemos da nossa origem, pela dinâmica do dia a dia, pressão por performar. Isso fez a gente se tornar jogador profissional, chegar ao mais alto nível. Lembrar da origem, por que estamos aqui. Talvez isso deixe a coisa mais ligeira e não pese tanto nos jogos.”, completou.
Lateral ou zagueiro?
Desde que deixou o Santos como campeão da Libertadores, em 2011, Danilo teve passagens por Porto, Real Madrid e Manchester City, antes de chegar à Juventus. Apesar de atuar como zagueiro na Itália, o jogador chega para ser lateral-direito, sua posição de origem, e possui inteligência tática, que também agrada Dorival. Na coletiva, o atleta explicou mais sobre a função que irá exercer em campo.
“Conversei com o Dorival, de forma mais ampla. Essa função na Juventus é de algumas vezes como zagueiro na linha de quatro e gosto bastante. Terceiro zagueiro faço desde o City, é o que faz o Walker. Ficamos nessa de zagueiro ou lateral, mas não muda nada bruscamente do que faço. Na Juventus zagueiro pela esquerda, na seleção de um zagueiro pela direita. É a mesma função desde o City, sete ou oito anos. Alguns chamam de lateral, terceiro zagueiro, construtor. É mais função que o nome.”, elucidou.
Dessa forma, o Brasil enfrenta a Inglaterra neste sábado, em Wembley, às 16h (de Brasília). Por fim, depois, na terça (26), faz amistoso contra a Espanha, no Santiago Bernabéu, às 17h30 (de Brasília).
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