O técnico Tiago Carpini mal chegou ao São Paulo e já conquistou um título: o da Supercopa do Brasil, neste domingo (4), diante do Palmeiras. Mesmo assim, o novo treinador tricolor rechaça que a equipe calce o chamado ‘salto alto’ e alerta para uma temporada difícil e complicada para o tricolor. Mesmo assim, ele pede que o grupo não perca sua fome de títulos para terminar a temporada com outras conquistas. Em 2024, a equipe terá pela frente o Paulistão, o Brasileirão e a Copa Libertadores da América.

“Acho que temos tudo para fazer uma ótima temporada. O maior adversário do São Paulo, neste ano, somos nós mesmos. Precisamos ter os pés no chão porque a vitória contagia e a gente não pode perder essa chama de querer sempre conquistar. Então, é um desafio diário, meu e dos atletas, de manter essa chama acesa”, disse o treinador, ao programa ‘Boleiragem’, do canal pago sportv.

Carpini faturou a Supercopa e almeja muito mais em 2024 – Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC

Em relação ao que encontrou no São Paulo, Carpini destacou que o início de seu trabalho acabou facilitado por conta do bom ambiente no clube. Ele fez muitos elogios a Dorival Júnior, técnico que deixou o Tricolor para trabalhar na Seleção Brasileira. Ele destacou também o fato de ser estreante num clube de massa, já que veio do Juventude e trabalhou anteriormente em clubes menores de São Paulo:

“Agora, o São Paulo é uma mudança de prateleira. Sei de tudo que fiz para chegar a esse momento. Agora, preciso me reinventar para me manter, que é muito mais difícil que chegar. Deus foi tão bom para mim que me deu um trabalho que não foi trocado por falta de resultados, mas porque o técnico anterior foi para a Seleção. O Dorival deixou um legado maravilhoso, então não posso chegar e achar que é tudo do meu jeito, tenho que chegar devagar. O que encontrei no São Paulo me facilitou muito, o ambiente, as pessoas”.

Leia abaixo outros trechos da entrevista:

Ascensão meteórica

“Tem sido um momento único, especial na minha vida. Aconteceu tudo muito rápido, mas me preparei para isso. Imaginava que isso fosse acontecer na minha carreira, só não imaginava que seria tão rapidamente. Pretendia ir para a Europa para tirar a licença da Uefa, mas o Juventude me ofereceu um grande desafio e me deu uma oportunidade. Não participei da montagem do elenco e precisei me adaptar, muitas vezes não pude colocar o que gostaria. Mas não deixa de ser um aprendizado e as coisas deram certo”.

Deixando o time ‘à la Carpini’

“Em alguns momentos, esse Paulistão já tem comportamentos individuais dos atletas que cobro muito. Tem uma construção de ideias de 2023, mas tivemos mudanças. Saíram o Beraldo, o Caio (Paulista), o Nestor, o Lucas não esteve presente em alguns jogos. Então, algumas situações a gente já consegue propor para dar mais o que eu penso para o São Paulo. Mas a aceitação fica mais fácil quando você já tem uma coisa pronta e que dá resultado”.

Referências no elenco

“A referência do Muricy é importantíssima, como profissional e campeão. Seria pouco inteligente estar ao lado de um cara que conhece o São Paulo como poucos e não ouvir, não entender, não respeitar os processos. Foi o melhor ambiente que já encontrei, de atletas comprometidos, de pilares e referências dentro e fora de campo. É claro que, nesse nível, todo mundo quer jogar e as escolhas são minhas, mas todos competem muito, elevam o nível do nosso dia a dia”.

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