A assessoria da CBF comunicou que um vídeo seria apresentado antes de Tite anunciar a lista de convocados. A ação teve como objetivo iniciar um processo de desvinculação política da primeira camisa do Brasil. Afinal, o presidente Jair Messias Bolsonaro e seus apoiadores utilizavam o uniforme verde e amarelo da Seleção Brasileira como um símbolo.

Aliás, um trecho da música “Tão bem” de Lulu Santos é usado como refrão no rap no vídeo. A parte da música do cantor é “Ela me faz tão bem. Ela me faz tão bem/Que eu também quero fazer isso por ela”. Tal atitude busca ressignificar a camisa da pentacampeã mundial e afirmar que, na verdade, o uniforme verde e amarelo é de todos os brasileiros.

“É o início de uma campanha institucional. Passará na TV aberta e fechada, e redes sociais. É para mostrar que todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, revelou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

No período em que a eleição estava ocorrendo, a Confederação Brasileira de Futebol já planejava em iniciar a estratégia. Contudo, os dirigentes entenderam que, durante a votação, não era o melhor momento para começar o movimento. Eles optaram por esperar a definição de quem seria o novo presidente.

Desta forma, líderes da instituição e a comissão técnica da Seleção preferiram se manter neutros politicamente. Com isso, ficaram longe de qualquer manifestação. Inclusive, o receio dos dirigentes e funcionários era se posicionar para algum lado e acabar gerando uma antipatia da torcida com a Seleção Brasileira.

Principal jogador do Brasil atrapalha planejamento da CBF

Entretanto, o atual grande destaque da pentacampeã mundial, Neymar, se manifestou a favor de Bolsonaro. Ainda assim, o camisa 10 disse que comemoraria um gol na Copa do Mundo fazendo o número do candidato, caso ele conseguisse a reeleição. Contudo, o atual presidente do Brasil acabou perdendo a votação presidencial.

A CBF respondeu a repercussão negativa da situação. A instituição disse que se mantém neutra, mas respeita a opinião de cada atleta. No entanto, a atitude de Neymar atrapalhou o planejamento da entidade. Isso porque o atacante do PSG é o grande nome da Seleção Brasileira e, obviamente, influencia muitas pessoas.

Essa é uma primeira fase de uma estratégia criada pela Confederação Brasileira de Futebol. Afinal, a polarização política ocorre já há anos, e a dissociação não vai ocorrer com apenas uma campanha publicitária.

A ação em forma de vídeo chamada “Energia” teve seu pontapé inicial no último domingo (6) com aparições na TV Globo. Houve a produção de duas versões dessa campanha publicitária, a mais curta é a que está passando em TV aberta.

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