Roberto Assaf

Celeste 2 x 0 Brasil. Novo fracasso do dinizismo

Brasil perde o jogo e perde Neymar, machucado. – Foto: Reprodução/Globo

O dinizismo – é com maiúscula? – voltou a fracassar. O Brasil não conseguiu, em momento algum, praticar a estratégia que o técnico utiliza no Fluminense. Aquela de trocar passes exaustivamente, desde a saída de bola, para encontrar as brechas necessárias às conclusões, e é claro, os gols. Na realidade, o Uruguai, que venceu por 2 a 0, em Montevidéu, não teve problemas para neutralizar o jogo sem muita vibração que não construiu nada de interessante. A insistência com alguns atletas que não cabem mais na Seleção – como Marquinhos e Gabriel Jesus e a impossibilidade dos demais repetirem em seus clubes de Europa o futebol que mostram por lá, deixou a equipe exposta por quase todo o tempo.

Brasil e Uruguai realizaram um primeiro tempo notadamente tenso e de poucas emoções. Houve, de ambos os lados, prioridade para a marcação. Houve a preocupação de evitar que o adversário pudesse criar, o que impediu possibilidades de finalização. Ninguém jogou efetivamente mal, mas como também não descobriu espaços para oportunidades de gol, praticamente não há elogios.

 

A exceção foi Maxi Araújo, que forçou a linha de fundo, pela esquerda, e cruzou na medida para Darwin Nuñez, que mostrou evolução na cabeçada, abrindo o placar para o time da casa. O prejuízo do visitante acabou maior. Afinal, pouco antes do intervalo Neymar sofreu torção na joelho esquerdo e deixou o campo, substituído por Richarlison.

Dinizismo sem sucesso no segundo tempo

O Brasil, até por obrigação, voltou para a etapa derradeira tentando mais uma vez impor o jogo habitual de seu técnico. A intenção, pelo menos, parecia essa. Já o Uruguai, cauteloso, buscando os contra-ataques. A equipe de Diniz, no entanto, cometia dois pecados. Afinal, mostrava ritmo cadenciado e batia excessivamente de frente com a zaga, ao insistir nas conclusões na entrada ou dentro da área. Aos 22 minutos, Rodrygo acertou o travessão em cobrança de falta. Nada além.

Aos 27, o treinadot trocou Yan Couto e Carlos Augusto por respectivamente David Neres e Guilherme Arana. Mas logo depois Darwin Nuñez recebeu em cobrança de lateral, trombou com três brasileiros e conseguiu rolar para Nicolas de La Cruz, de frente, tocar para dentro: 2 a 0. Daí em diante, a Celeste, mais à vontade, passou a soltar mais seus jogadores. O Brasil, sem opções, aceitou sem esboçar reação, pois a derrota, naquele momento, era evidente. O dinizismo ainda não emplacou além dos muros das Laranjeiras.

A propósito, vitória bacana hoje foi a do Cazaquistão, 2 a 1 de virada sobre a Finlândia, em Helsinque.

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Carlos Beto

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