Bayern e PSG fizeram, nesta quarta-feira,  em Munique, a partida de ida pelas quartas de final da Champions.  A reedição da final de 2019/20 (vencida pelo Bayern) foi realizada sob neve, mas isso não afetou a qualidade dos jogadores  e, principalmente de Neymar e de Mbappé, o brasileiro atuou como um garçom genial e o francês foi letal. Levaram o  Paris a uma vitória por 3 a 2 em jogo excelente e emocionante.

Jogadores do PSG celebram o gol da vitória, marcado por Mbappé   – Christof STACHE / AFP)

O craque brasileiro deu assistências perfeitas para os dois primeiros gols, de  Mbappé e de Marquinhos. A fera francesa, além  do primeiro tento, fez o terceiro da equipe, sendo o artilheiro do clássico. Choupo -Moting (substituto do lesionado Lewandowski) e Thomas Müller  fizeram o gol dos atuais campeões da Europa e do mundo.

O resultado deixa o Paris numa boa. Avançará  se vencer, empatar ou perder por 1 a 0 ou 2 a 1 o jogo da volta, em casa, na próxima terça-feira. Bayern 3 a 2 levará a decisão para os pênaltis e triunfo dos alemães a partir de 4 a 3 classifica o atual campeão para a semifinal (contra Manchester City ou Borussia Dortmund).

Esse é Neymar

Quem fez a diferença no primeiro tempo foi Neymar. Depois de levar uma bola na trave aos dois minutos, aos 4 minutos, o craque brasileiro puxou um ataque, fez que iria chutar e deu passe perfeito para Mbappé, dentro da área, bater com força para o gol.  O goleiro Neuer foi mal, deixando a bola passar por entre as pernas. PSG 1 a 0.

O Bayern foi para cima, deu trabalho para o goleiro Navas, como no perigoso chute de Pavard aos 22. Mas o PSG era mais efetivo graças a Neymar. Num lance, iniciou a jogada que Draxler colocou na rede, mas o gol foi anulado por impedimento. Aos 28, o 10 do PSG foi espetacular: quase da intermediária fez  lançamento para Marquinhos, como elemento surpresa,  receber livre na área e fazer 2 a 0. E a eficácia parisiense estava comprovada. O Bayern, àquela altura, tinha quase 70% de posse,  dez finalizações, cinco escanteios e zero gol; o PSG finalizara três vezes: dois gols válidos e um anulado.

Lei do ex

Porém,  dois fatos entre os 30 e 32 minutos mudaram o comportamento do jogo. Logo após o gol, Marquinhos saiu machucado e cedeu a vaga para  Ander Herrera. Do lado do Bayern, o treinador Hans Flick tirou o volante Goretzka, machucado, e colocou o lateral canadense Davies para jogar no meio de campo. O time bávaro passou a ganhar a disputa pelo meio e chegou ao gol , aos 38, quando Pavard  cruzou para a cabeçada certeira de Choupo Moting (ex-PSG) cabecear  em falha da marcação dos zagueiros  Herrera e Kimpembe (como Marquinhos fez falta!):  2 a 1.

Segundo tempo

Neymar não apareceu tanto nesta etapa final que só deu Bayern. Quem brilhou foi o goleiro Navas, com grandes defesas em chutes de Pavard (dois), Kimmich. Porém, aos 15, não deu para o paredão. Kimmich cobrou uma falta na área e Thomas Müller cabeceou livre para empatar. Só que, aos 22, Mbappé foi decisivo num dos raros ataques parisiense nesta etapa. Recebeu de Di María, avançou pela esquerda, ajeitou e mandou rasteiro. Neuer nem se mexeu: PSG 3 a 2.

O Bayern fez de tudo para empatar. Mas não.  E mesmo somando 30 finalizações (contra seis do PSG) e 15 escanteios, amargou a derrota e vai ter de superar no jogo da próxima terça-feira, no Parc des Princes.

 

 

 

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