O Botafogo fez contra o Vasco o seu melhor jogo sob o comando do técnico Marcelo Chamusca. O Alvinegro dominou o jogo, vencendo no tempo normal por 1 a 0, neste sábado (22), em São Januário, mas acabou derrotado nos pênaltis por 3 a 0, perdendo o título da Taça Rio. O treinador elogiou o desempenho do Alvinegro projetando o início da Série B do Brasileirão, na próxima semana, contra o Vila Nova, em Goiânia (GO).

Marcelo Chamusca acredita em  evolução da equipe projetando à Serie B – Vítor Silva/ BFR

“Acabamos o Carioca com um time consistente, a gente mereceu vencer nos 90 minutos, tivemos mais oportunidades, posse, controle de jogo, contra uma equipe que vai jogar a mesma divisão que nós e deve brigar por uma vaga. Vamos começar com o sentimento que podemos evoluir muito. Vão chegar novos atletas. O calendário é positivo, a gente sai com sentimento que a equipe está consistente e competindo, e a postura nos deixa otimista. Vamos competir em um nível alto”, afirmou o técnico na coletiva de imprensa, após o jogo em São Januário.

Outros temas na coletiva

O que esperar do Vila Nova

O Vila Nova vem bem, está na final do Goiano. Os jogadores são experimentados, já começamos a estudar o adversário. Precisamos manter a consistência defensiva e melhorar a ofensiva. Vai ser importante nessa competição tão difícil que é a Série B.

Postura dos jogadores

É muito difícil perder uma final, mas o comportamento do time deixou não só a comissão técnica mas os jogadores que a gente competiu do jeito que as pessoas esperam do Botafogo. São jogadores de caráter, que sentem. Na semana passada cobramos muito, e hoje já foi demonstrado. O jogo nos dá um sentimento de crescimento como equipe, mecânica de jogo. O adversário é um dos que tem maiores investimentos da competição. Mas sabemos que precisamos trabalhar muito. Para com todo respeito tentar sair com uma vitória sobre o Vila Nova. O Botafogo tem que brigar em cima.

Trabalho durante a semana

A gente sabia que podia entregar mais, ter uma eficácia maior. Os jogadores foram estimulados em todos os momentos a buscar essa melhora. Não houve nenhum treinamento mirabolante, a gente apenas fez eles entenderem que poderia ser melhores e transferir para o jogo o que estavam fazendo no treino. É um processo de construção, eles se conhecem melhor, se entrosam, melhoram a transição. Não é uma coisa que a gente consiga criar da noite para o dia. Mas a gente pode evoluir e vamos continuar trabalhando para evoluir mais.

Cobrança de pênaltis

Treinamos na quinta e na sexta. Os jogadores eram cobradores de pênaltis nas outras equipes que defenderam. Mas não houve desestabilização em nenhum momento. Cobrança de pênalti é sempre complicado de analisar. A gente não pode esquecer, existe cobrador e o mérito do goleiro. O Vanderlei é um goleiro que tem currículo muito bom desde o Santos. É até contraditório. Perdemos o campeonato por um pênalti que não foi marcado para nós. O (primeiro) jogo terminaria 1 a 1 e nós teríamos o título. Poucas pessoas vão se lembrar.

Reforços

Eu não posso falar individualmente sobre os jogadores porque não foram contratados. Todos que são contratados chegam para agregar. Ser titular, vai depender do jogador. Meu papel é fazer uma análise e botar os melhores para jogar. Se mostrarem qualidade, claro que vão ter oportunidade. Depende da performance.

Entrega do time

Em vários jogos do estadual apresentamos uma boa atitude. Em todos os jogos, a gente recebe um resumo do departamento de fisiologia, com tudo que os jogadores fazem em campo, quanto correram, a intensidade. O Botafogo sempre apresentou boa atitude no aspecto físico. A diferença de hoje foi o contexto do jogo. Foi uma final, um clássico. O primeiro jogo foi ruim tecnicamente, com poucas oportunidades. É claro que você inicia a semana com uma mobilização, porque a gente precisava reverter. Estivemos próximos, conseguimos levar para os pênaltis.

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