São Paulo

Chegada de Crespo pode ser a redenção de Pablo no São Paulo

Não dá para cravar que Crespo, com tão poucos dias no comando do São Paulo, já tenha o time nas mãos. Mas algumas mudanças já estão bastante visíveis. Uma ainda precisa ser maturada: a ideia dos três zagueiros. Mesmo contra times ofensivamente frágeis como são Botafogo e Inter de Limeira, o técnico argentino aposta neste esquema. Mas há outra que dá esperanças ao torcedor. A evolução nítida de Pablo.

Pablo corre para festejar o seu gol,  o segundo do São Paulo sobre a Inter de Limeira. Atacante foi um dos melhores em campo – Rubens Chiri / saopaulofc.net

Crespo foi um dos melhores atacantes do mundo no fim dos anos 90 e início dos anos 2000. Um gigante. Não por acaso esteve em três Copas e defendeu titãs europeus.  Está no top5 entre os atacantes da sua época (que tem em Ronaldo Fenômeno como Top1). E seu estilo se assemelha ao de Pablo.

Talvez, por isso, o treinador tenha um carinho especial pelo jogador, a contratação mais cara da história do clube e que nunca fez a diferença. Talvez, Crespo já tenha dado alguma instrução diferenciada ao 9. Afinal, contra o Botafogo, num empate decepcionante em 1 a 1 no Morumbi (que marcou a estreia do novo comandante), Pablo foi razoavelmente bem, com alguns lampejos. Buscou a movimentação, apareceu em lances de perigo e fez um golaço que acabou anulado pelo VAR por impedimento de Daniel Alves (que iniciou a jogada).

Nesta quarta-feira, contra a Inter de Limeira, na segunda rodada do Paulistão, Pablo não viveu lampejos: foi bem o jogo todo. Saiu da área, buscou triangulações, fez papel de pivô. No primeiro gol, saiu da área para dar o toque magistral que deixou Igor Vinícius livre para criar a jogada do primeiro gol. Depois, apareceu duas vezes condições de marcar em lances que ele mesmo iniciou e completou as jogadas. E, enfim, fez de cabeça, o segundo Estamos identificando o que o Crespo quer, entendendo como ele quer que o time jogue. Sempre com toques rápidos, de forma vertical” disse Pablo, com um semblante aliviado após a partida. E a sensação de que, treinado por um ex-jogador que brilhou na função de 9,  possa vir a ser o matador que a torcida sempre esperou dele.

Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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