Germán Cano tem tratamento de ídolo no Vasco, valorizado pela grande temporada que fez no ano passado. Em 17 meses de São Januário, soma 31 gols em 61 jogos. O argentino poderia ter deixado o clube após o Brasileiro e a saída do compatriota e amigo Martín Benítez, com quem fez excelente parceria dentro e fora dos gramados. Escolheu, porém, permanecer e participar do processo de retomada para a elite nacional. Na apresentação de Martín Sarrafiore, de 23 anos, o novo Martín da Colina citou que Cano foi decisivo no aceite à proposta de jogar no Rio de Janeiro.

“Desde o primeiro dia, o Cano entrou em contato comigo. A esposa dele falou com a minha namorada. Ele quer que eu me sinta em casa. Estou agradecido. Ele me ajudou muito e, com certeza, vai me ajudar mais. Foi um grande gesto, como têm os grandes jogadores, que é o caso dele”, disse o meia, emprestado pelo Internacional até o final da temporada, antes de completar:

“Tomara que meu entrosamento com o Cano tomara seja o melhor. Ele é um jogador muito bom e vai me facilitar muito, mas penso no meu entrosamento com todos também. O time está encaixado, então eu que tenho que me adequar aos jogadores para ajudar o Vasco, que é o mais importante”.

Sarrafiore é “meia clássico. o camisa 10”. A definição foi de Alexandre Pássaro, diretor executivo de futebol do Cruz-Maltino, ainda durante a apresentação na última quinta-feira (27). Embora não tenha se destacado pelos gols de fora da área na temporada passada, o jogador argentino foi apontado pelo dirigente como um exímio finalizador de média distância.

“Ele tem uma característica muito marcante de chute ao gol. Hoje, temos somente o Andrey com aquele tipo de finalização. Claro que o Morato e o Marquinhos Gabriel finalizam, o próprio Zeca finaliza muito, mas não com essa característica e daquele lugar no campo”, analisou Pássaro.

Meia de origem, Sarrafiore pode exercer outras funções como na época de Internacional, em que chegou a atuar pelo lados e de segundo volante. O jogador, que será mais um estrangeiro em um grupo que ainda conta com o paraguaio Matías Galarza, afirmou que espera fazer sucesso como outros compatriotas que defenderam o clube de São Januário.

“Sei que muitos argentinos passaram por aqui. Guiñazu, Alfredo González (segundo maior artilheiro argentino da história do Vasco), Rafanelli (fez parte do Expresso da Vitória), Conca… O que eles fizeram aqui foi muito grande. Gostaria de fazer o mesmo. Trabalhando as coisas vão acontecer”, encerrou.

O meia teve o seu nome publicado no BID da CBF na quinta e, com isso, está à disposição do técnico Marcelo Cabo para a estreia do Vasco na Série B contra o Operário-PR neste sábado, às 11h, em São Januário.