Choro, abatimento e silêncio dos jogadores retratam o rebaixamento virtual do Vasco

O rebaixamento virtual do Vasco contou com ingredientes típicos de uma queda sacramentada matematicamente. Antes mesmo de o árbitro Anderson Daronco apitar o fim do jogo contra o Corinthians, na Neo Química Arena, já era possível notar o choro e o abatimento dos jogadores no banco de reservas da equipe carioca. Com o encerramento da partida, a emoção ficou ainda mais evidente. Além disso, diferentemente do que regula o protocolo oficial dos jogos do Campeonato Brasileiro, nenhum atleta foi autorizado para dar entrevista à TV Globo, detentora dos direitos de transmissão. As imagens da emissora mostraram a tristeza dos jogadores a caminho do vestiário do estádio. De cabeça baixa, eles foram acolhidos pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.

Com o empate sem gols no estádio corintiano, o Cruz-Maltino chegou a 38 pontos, a três do Fortaleza, o primeiro clube fora do Z4. Na última rodada do Brasileirão os cariocas precisarão vencer o Goiás, quinta-feira, em São Januário, torcer por derrota do Leão do Pici para o Fluminense no Maracanã. Nessa combinação de resultados, a equipe carioca precisa tirar uma diferença de 12 gols de saldo para os cearenses.

Como a missão é praticamente impossível, o discurso no Vasco não foge à realidade, tanto que Luxa admitiu, em sua coletiva, a queda. O Cruz-Maltino já caiu para a Segunda Divisão em 2008, 2013 e 2015. Caso o descenso se concretize na última rodada contra o Goiás, o clube se juntará a Botafogo e Cruzeiro, outros dois gigantes do futebol brasileiro na Série B de 2021.