Domenec Torrent
Dome: dor de cabeça para equilibrar a defesa – Alexandre Vidal/Flamengo

Com o Flamengo de Domènec Torrent em campo não há placar em branco. Na verdade, este ano, nem com Jorge Jesus já que o único 0 a 0 do time foi na estreia do Campeonato Carioca contra o Macaé, no dia 18 de janeiro. Assim mesmo com o Sub-20, dirigido por Maurício de Souza, substituindo os titulares que estavam de férias, após a vitoriosa e desgastante temporada de 2019.

Mas se o rubro-negro carioca faz muitos gols – é o segundo melhor ataque do Brasileirão com 33 gols, atrás do Atlético-MG, que é o primeiro com 35) , sua defesa já levou 29, saldo de quatro. Aliás, a irregularidade da zaga vem sendo a preocupação dos torcedores, de analistas e do próprio técnico.

“Prefiro vencer por 4 a 3 do que de 1 a 0”, comentara Dome, quando chegou ao clube no fim de julho.

“Mas um time que quer ser campeão não pode tomar tantos gols. Temos que melhorar”, admitiu o catalão após os 4 a 0 sofrido para o Atlético-MG, neste domingo.

É fato que esquemas adotados por técnicos vitoriosos como Dome, Jesus, Guardiola, Sampaoli e Klopp, entre outros, exigem muito dos zagueiros. O Flamengo de Jesus conseguiu certo equilíbrio com Rodrigo Caio e Pablo Marín. Mas o time perdeu o primeiro, que se recupera de uma lesão, e o segundo, negociado para o Arsenal, da Inglaterra. Com isso, Domènec Torrent tem quebrado a cabeça para escalar a formação ideal na zaga. Nesta luta, ele já colocou em campo oito duplas de zagueiros. Gustavo Henrique e Léo Pereira, contratados, para suprir a falta de Marín, não se firmaram. Thuler parece não ter a confiança do treinador.  Só o jovem Natan deve ter conquistado a vaga de titular.

“Quando você sofre gols não se pode falar da defesa ou do goleiro. Todos têm que ajudar a defender e todos precisam ajudar a atacar. Temos que estar focados”, comentou o treinador, de 58 anos.

Assim, com Domènec Torrent, o time marcou 46 gols, mas tem 38 contra, em 26 partidas. Ou seja: um índice de 1,46 gols tomados por jogo. Com o catalão, o time carioca só não sofreu gols em cinco jogos: nas vitórias de 1 a 0 sobre o Santos e o Coritiba e nos 3 a 0 sobre o Sport, todos pelo Brasileirão, além dos 4 a 0 no Independiente dell Vale, pela Libertadores, e n0 1 a 0 em cima do Athetico-PR pelo jogo de ida da Copa do Brasil.

 

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