A próxima visita de John Textor ao Brasil não poderia acontecer em momento mais delicado no Botafogo. Afinal, o desempenho e resultados ruins do primeiro semestre colocaram o técnico Luís Castro na berlinda. Assim, o clube terá uma semana decisiva para o restante da temporada, a partir deste domingo, com a segunda partida da final da Taça Rio, contra o Audax.
O português, cada vez mais sib pressão, não consegue fazer o time jogar. Sob seu comando, o Alvinegro teve início irregular, mas evoluiu no segundo turno do último Campeonato Brasileiro. Hoje, porém, já não conta com a mesma confiança interna e tem chances de ser demitido. Além disso, sofre com as críticas e a crescente impaciência dos torcedores nas redes sociais. Com direito à cobrança no aeroporto.
Textor planeja reavaliar a situação e vai se reunir com o treinador e a diretoria de futebol antes da estreia do Botafogo no Brasileirão, marcada para o próximo domingo (16). A continuidade do trabalho é um desejo do investidor norte-americano. No entanto, ele já foi avisado que a situação pode se tornar insustentável se a equipe fracassar nas primeiras rodadas da competição ou com uma eliminação na Copa do Brasil.
Multa milionária
Outro ponto relevante é a multa prevista em caso de quebra de contrato. Afinal, o orçamento da SAF não conta com o gasto extra de cerca de R$ 10 milhões. No total, o Alvinegro investiu quase R$ 30 milhões em reforços, até aqui, somente para esta temporada.
É verdade, por outro lado, que Luís Castro sequer pôde utilizar três destas novas contratações. O meia Matías Segovia e o atacante Júnior Santos não foram regularizados a tempo de enfrentarem o Magallanes, no Chile, pela Copa Sul-Americana, e também não poderão ser relacionados contra o Audax, em Volta Redonda. Além disso, o meia-atacante Diego Hernández, do Montevideo Wandereres, só será liberado por seu clube em maio. Com isso, será inscrito em 3 de julho, quando reabre a janela de transferências internacionais.
As atuações apagadas contra a Portuguesa-RJ e o Audax, na Taça Rio, ligaram o alerta para a falta de organização tática e a baixa produção ofensiva. Porém, o Botafogo superou os adversários na reta final dos jogos. Já diante do Magallanes, na estreia de um torneio continental, Luís Castro mudou bastante o time do meio para a frente e nada deu certo.
No Chile, a equipe não foi capaz de controlar a partida e cedeu o empate mesmo com um jogador a mais durante todo o segundo tempo. Se tropeçar diante do Audax, neste domingo, e do Ypiranga-RS, na quarta-feira, pela terceira fase da Copa do Brasil, aumentam bastante as chances de a visita de Textor selar o fim da passagem do português.
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