Com as quedas nas receitas impostas pela pandemia e sem “mecenas”, o Flamengo mostrou esperteza, se reinventou com pouco e aqueceu o mercado, do jeito que a diretoria gosta: trazendo atletas da Europa, quase sempre de clubes “medianos”.

Nos últimos anos, o Rubro-Negro gostava de ir às compras. Assim, trouxe nomes como Everton Ribeiro, Gabigol, Pedro, Arrascaeta, Gerson e Rodrigo Caio. Agora, a ordem é trazer por empréstimo, com baixo ou nenhum custo. Para isso, é necessário o poder de persuasão.  Desta maneira, a diretoria fechou as contratações de Kenedy, Andreas Pereira e lá no início do ano, Bruno Viana. Do trio, apenas o primeiro onerou os cofres do clube, cerca de R$ 3 mi.

Andreas Pereira é novo reforço do Flamengo – Alexandre Vidal / Flamengo

Para bancar esses salários, além do restante das “estrelas”, a saída foi vender algumas promessas da base. Só em 2021, Lincoln, Yuri César, Rodrigo Muniz e Natan foram vendidos. Este último, foi para o RB Bragantino por empréstimo, mas com obrigação de compra caso atingisse 20 jogos no ano (já foram 21). Houve ainda a grande venda de Gerson, que serviu para pagar as últimas parcelas das compras feitas antes da pandemia.

Andreas Pereira realiza exames médicos em seu primeiro dia como jogador do Flamengo

Com o retorno gradual dos públicos aos estádios, a tendência é que o Flamengo volte a ser comprador em 2022. Por ora, a estratégia é essa: vender para arrecadar e contratar por empréstimo, mas sempre com opção de compra, afinal, nunca se sabe como estarão os cofres daqui a um tempo.

Cabe mais? 

Inicialmente, o Flamengo não tinha interesse de trazer mais zagueiros. No momento, o elenco conta com Rodrigo Caio, Bruno Viana, Léo Pereira, Gustavo Henrique, além de Noga, que fica no banco em algumas oportunidades. Publicamente, ela não assume, mas a diretoria hoje já pensa em reforçar o setor, do mesmo jeito: empréstimo com opção de compra ou trazendo algum atleta sem clube, como fez com Isla, por exemplo.

A mudança de pensamento passa pelas atuações irregulares de Bruno e dos constantes problemas físicos de Rodrigo Caio.  Com “gelo no sangue”, como diz Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, o Rubro-Negro quer definir alvos em breve.

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