Na véspera da comemoração de dez anos do título do Brasileirão de 2010, o goleiro Marcos Felipe recordou a trajetória do arqueiro Ricardo Berna naquela conquista como exemplo para sua carreira. Mais uma vez titular, agora contra o Athletico-PR,  enquanto Muriel se recupera da Covid-19, o jogador, de 24 anos, usa o campeão como exemplo de como se comportar diante da falta de ritmo.

Naquela época, Berna era o terceiro goleiro, mas ganhou oportunidades na reta final da competição, aproveitando lesão do titular Fernando Henrique e as más atuações de Rafael. A falta de ritmo não foi um problema e ele teve boas atuações.

“Lembro a oportunidade que o Berna teve. Também vinha sem jogar, assim como eu agora. E ele foi muito bem. Peguei como exemplo porque ficar sem jogar é complicado para o goleiro. E ele manteve o alto nível para que pudéssemos conquistar esse título”, recordou Marcos Felipe.

Profissional desde 2015, quando atuou pelo Macaé, Marcos Felipe custou a ter uma sequência no Fluminense. Somente no ano passado, na reta final do Brasileirão, o goleiro foi titular, aproveitando lesão de Muriel. Durante 2020, Marcos Felipe entrou na mesma situação e, agora, terá o segundo jogo seguido.

Briga sadia

Depois de ir bem no 0 a 0 com o RB Bragantino, parte da torcida voltou a pedi-lo como titular, já que Muriel apresenta altos e baixos no gol. Entretanto, Marcos Felipe vê no companheiro como um irmão e não se preocupa com a disputa.

“A relação que tenho com Muriel, por ele ser mais velho, é de irmão. Ele tem mais experiência e isso é muito bom porque me passa o que vivenciou. A nossa relação é boa, apesar da disputa profissional pela titularidade, que não nos cabe discutir. É decisão do treinador. Temos amizade. Lógico que existe competição saudável, mas ele é grande goleiro, tem seu nome no futebol estabilizado, é excelente conselheiro e sabe trabalhar a parte psicológica”, elogiou Marcos Felipe.