Roberto Assaf

Com ou sem justiça, o Fla é o campeão. Aliás, bi… Aliás, octa!

Definitivamente, não há justiça no futebol. À exceção do momento em que foi obrigado a trocar de técnico, quando viveu um breve período de instabilidade, o Internacional perseguiu efetivamente o título brasileiro, enquanto o Flamengo, muito distante do time espetacular de 2019, perdeu uma quantidade considerável de pontos para clubes que tinham como única pretensão permanecer na Série A. A equipe carioca desperdiçou, como exemplo, oito deles diante dos adversários cearenses.

A propósito, como de hábito, o Flamengo voltou a sofrer da síndrome do Morumbi, no qual praticamente não venceu desde a inauguração do estádio, em 1960. Mas como dito, não há justiça no futebol, o clube carioca, foi o campeão. Inacreditável, mas rigorosamente verdadeiro. É o octa, sem discussão. O Flamengo fez de tudo para perder o campeonato, mas os demais, notadamente Internacional e Atlético-MG, não conseguiram. Não dá para reclamar.

Um único comentário, fora da festa: culpar apenas Hugo Souza, um protótipo de goleiro, seria um exagero, mas arrancar-lhe definitivamente a posição de titular – e até de reserva – seria o óbvio. Apesar do bi.

O Flamengo teve a bola ao longo de todo o primeiro tempo, mas não produziu nada de útil, tanto que não criou uma única oportunidade. Pelo contrário, o São Paulo, que entrou com três zagueiros, visando apenas os contra-ataques, é que esteve duas vezes próximo do gol. Na primeira, aos 18 minutos, Igor Vinicius caiu na área, e a marcação do pênalti era questão de interpretação.  O árbitro, e o VAR, preferiram não assinalá-lo. Na segunda, nos acréscimos, Luciano abriu o placar, cobrando falta evidente de Éverton Ribeiro em Tchê Tchê. Primeira falha de Hugo Souza, um tigre de papel, dois metros de inutilidade. Na realidade, o Flamengo foi, até o intervalo, um time excessivamente comportado diante da necessidade de vitória. Como curiosidade apenas o esforço incrível do São Paulo, que não viu a cor da bola na derrota de 1 a 0, segunda-feira passada, para o Botafogo.

Não houve qualquer substituição para a etapa derradeira, deixando evidente que se o Flamengo não procurasse ser mais agressivo, o São Paulo não teria muitos problemas para segurar o resultado. Mas como o pau que dá em chico, também castiga francisco, bastou ao Rubro-Negro uma única chance para chegar ao empate, gol de Bruno Henrique, de cabeça, após cobrança de escanteio. Com dez minutos, estava novamente tudo igual.

Com a igualdade, o Flamengo pareceu mais próximo da vitória, mas o time que não tem goleiro está sempre da tragédia. Pois Hugo Souza deixou Daniel Alves em ótima situação para largar Pablo livre: 2 a 1. Aos 20 minutos, Rogério Ceni trocou Gabriel por Pedro. É fato, porém, que a equipe carioca não mostrava postura de campeão. Aos 28, entraram Matheus França e Gomes, o que, na teoria, não tornaria o Flamengo mais capaz. O que não ocorreu, na prática. Poucas vezes foi possível observar uma equipe sem qualquer imaginação, bolas levantadas na área adversária sem nenhuma utilidade, enfim… Aos 40, o São Paulo mexeu por atacado, para dar fôlego ao time. Na realidade, naquele momento, quem jogava pelo Rubro-Negro era o Corinthians, pois marcar dois gols, ali, francamente, era impossível. Pois outro empate era insuficiente. E nada aconteceu.

O grande barato, a partir de então, era rezar, não importa o credo, pelo Timão. Vale ressaltar, não importa para quem você torcia, Edenilson, em Porto Alegre, como o tal Var, que a maioria adora, mostrou, estava em posição irregular. O título do Brasileiro, 20 pontos na frente, foi um ponto fora da curva, na vida do Flamengo. Não há nada fácil na sua história. Na quinta, o que se viu foi apenas mais uma prova.

Leo Pereira

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