A Comissão de Ética da CBF afastou, na noite desta terça-feira (24), por 15 meses o presidente Rogério Caboclo, que é acusado por duas ex-funcionárias da entidade de assédio moral e sexual. Como já cumpriu três meses, ele só poderá voltar ao cargo em setembro de 2022. Se até esta data ele não for afastado definitivamente, ele volta ao cargo para cumprir o restante de seu mandato, que vai até abril de 2023. A defesa do dirigente informou que vai recorrer da sentença.
Rogério Caboclo é alvo de investigação do Ministério Público
Agora, a pena será assunto da Assembleia Geral da CBF, formada pelas federações estaduais, além da do Distrito Federal, que será realizada nesta quarta-feira (25), na sede na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Caso Rogério Caboclo tenha sete votos a seus favor dentre 27, ele é reconduzido ao cargo imediatamente.
Desta maneira, Coronel Nunes segue como presidente em exercício e ele não tem mais poder para convocar uma eleição extraordinária, com a participação dos oito vice-presidentes, que serviria apenas para eleger um representante para completar o mandato de Caboclo.
Confira na íntegra a nota da defesa de Rogério Caboclo
“Recebo com tranquilidade a decisão da Comissão de Ética do Futebol. A rejeição da acusação de assédio é correta e era esperada, uma vez que nunca cometi esse ato e minha defesa comprovou minha inocência. Essa decisão mostra o quão ilegal e açodada foi a decisão da mesma comissão de me afastar do cargo antes de abrir espaço para que eu me defendesse. O afastamento por mais 12 meses, por sua vez, é injusto e ilegal. Trata-se de mais um capítulo da armação do ex-presidente Marco Polo Del Nero, banido do futebol por corrupção, para me tirar da CBF e reassumir o controle da entidade por meio de seus aliados. Minha defesa recorrerá nas instâncias adequadas contra essa punição.”
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