Em meio aos caos político e a crise técnica na disputa contra o rebaixamento, o Vasco precisa lidar com mais um grave problema: o destino de 11 jogadores cujos contratos encerram em 31 de dezembro. Com a mudança do calendário provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Brasileiro terá o seu desfecho apenas em fevereiro.

Ribamar em ação contra o Defensa y Justicia em São Januário (Rafael Ribeiro/Vasco)

Destes, somente três estão com o futuro acertado em São Januário. O zagueiro Marcelo Alves, titular nos jogos recentes, e o atacante Ygor Catatau, que teve poucas oportunidades e ainda não engrenou, além do meia Guilherme Costa – considerado uma das principais promessas do clube nos últimos anos, mas sem nunca ter se firmado entre os profissionais -, que trata uma lesão no joelho adquirida quando atuou pelo Boavista-RJ, no início do ano. Os dois primeiros foram emprestados pelo Madureira, clube que tem boa relação com o Cruz-Maltino, e terão seus contratos prorrogados até o fim do campeonato – o último jogo do time ocorrerá no dia 24, contra o Goiás.

Benítez e Ribamar estão próximos da despedida, mas por motivos totalmente diferentes. O Independiente já bateu o martelo e só vai esperar até o dia 15 para que o clube carioca exerça o direito de compra dos direitos federativos do meia argentino, destaque na temporada ao lado de Cano. Segundo Jorge Damiani, diretor esportivo do clube portenho, o Vasco, apesar da opção de compra, não se manifesta, o que pode acelerar as negociações com outros interessados. O Independiente quer 4 milhões de dólares (cerca de R$ 20 milhões) por 60% dos direitos, que podem ser pagos em três parcelas: 3 milhões de dólares em fevereiro e o restante no fim de 2021. Tudo indica que, com a falta de dinheiro e a indefinição política em São Januário, Ben10 arrume as malas em breve.

Ribamar, por sua vez, vinha sendo titular durante o afastamento de Germán Cano, por conta da Covid-19, e foi utilizado por Ricardo Sá Pinto em oito das 12 partidas do time sob o comando do técnico português. Em cinco jogos como titular, fez dois gols e perdeu inúmeras chances, desempenho insuficiente para mudar o quadro de rejeição do atleta junto aos torcedores. Assim, a diretoria não abriu conversas com o OHOD, da Arábia Saudita, clube ao qual pertence o atleta, por uma renovação. Desde que chegou ao Cruz-Maltino, no início do ano passado, Ribamar disputou 63 jogos e anotou apenas oito gols.

Já Fellipe Bastos vive uma grande indefinição. Pouco utilizado, o volante se desentendeu com Sá Pinto e sua comissão técnica e sequer foi relacionado para os dois últimos jogos – contra Defensa y Justicia e Grêmio. Na última segunda, treinou no CT do Almirante com quem não viajou a Porto Alegre. Seu futuro é incerto na Colina.

Certo mesmo é que Breno e Ramon, em recuperação de lesão há muito tempo, não fazem parte dos planos para 2021. O tempo passa, e a dupla segue treinando. Enquanto o zagueiro defendeu a camisa do Vasco pela última vez em agosto de 2018 e foi relacionado para quatro partidas no ano passado, o lateral-esquerdo não joga desde novembro de 2018.

Os outros jogadores que têm contrato por encerrar em 31 de dezembro são o goleiro Alexandre Melo, cedido no início deste mês ao Cuiabá, e Bruno Cosendey e Rafael Franca, que também deixarão o clube da Colina.

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