Uma confusão generalizada marcou o fim da partida entre Sergipe e Botafogo, nesta quinta-feira (3), em Aracaju, pela Copa do Brasil. Após o gol de empate do Alvinegro, aos 54 minutos do segundo tempo, a arbitragem encerrou o jogo, mas a comissão técnica e os dirigentes do time da casa invadiram o campo para protestar. Assim, desencadeou-se uma série de incidentes lamentáveis.

Presidente do Sergipe sai de campo sangrando: levou uma ‘bandeirada’ do assistente – Reprodução

Logo após o apito final, o árbitro Bráulio da Silva Machado acabou cercado pelos jogadores do Sergipe e até pelos dirigentes do clube, que invadiram o gramado. Rapidamente, policiais do Batalhão de Choque também entraram em campo para tentar proteger a equipe de arbitragem. O presidente do Sergipe, Ernan Sena, foi tirar satisfações com um dos assistentes. Em seguida, foi agredido com a bandeira que este assistente levava e saiu da cena sangrando, com o supercílio aberto.

Os protestos continuaram. Com os policiais do choque em campo, os jogadores do Botafogo não conseguiam sair e os do Sergipe seguiam tentando agredir o árbitro, assim como outras pessoas não necessariamente ligadas à comissão técnica do time. Alguns torcedores também tentavam invadir o gramado, o que fez o Choque atirar balas de borracha na direção das arquibancadas para dispersar possíveis invasores.

Luís Castro é cercado por pessoas ligadas ao Sergipe: ele quase foi agredido – Reprodução

No túnel, Luís Castro escapa de agressão

Quando, finalmente, o Botafogo saía de campo, ainda antes da arbitragem, o clima seguiu quente. O técnico Luís Castro foi cercado por dirigentes e membros da comissão técnica do Sergipe, escapando por pouco de ser agredido. Em seguida, pessoas que pareciam torcedores e que vestiam camisas do time da casa, também se aproximaram do português para ameaçá-lo. Uma delas tinha uma criança de colo.

Enquanto isso, uma outra pessoa descaracterizada, de bermuda e chinelos, conseguia invadir o gramado na tentativa de agredir o árbitro. De acordo com informações apuradas, não se tratava de um dos membros da comissão do Sergipe. A arbitragem só conseguiu deixar o gramado, com escolta policial, cerca de 20 minutos após o apito final.

“É uma coisa que não tem nada a ver com jogo. Quando terminou o jogo, conversei normalmente com o Raphael (Jacques, técnico do Sergipe), o Derlei (auxiliar), com a equipe técnica toda, de forma tranquila. E dei parabéns a eles. Acho que o Sergipe foi melhor do que nós na maior parte do jogo. Infelizmente, aconteceram coisas lamentáveis, com elementos estranhos ao jogo dentro do campo. No túnel, dois dirigentes tentaram me abordar e me insultavam. Não entendi, porque só fiz meu trabalho e procurei respeitar a todos”, afirmou Castro, após a partida.

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