A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), por meio de comunicado, pediu mais celeridade para as autoridades responsáveis por uma investigação de lavagem de dinheiro. A denúncia envolve um ex-presidente da entidade, Nicolás Leoz, e teve como denunciante a própria Conmebol.

De acordo com a nota, depois das primeiras ações investigativas, o que se viu foi “um silêncio inexplicável”. Além disso, a afirmação é de que quem deveria seguir com a investigação “abandonou qualquer outra iniciativa para esclarecer a denúncia.”

Com o destaque que a primeira denúncia onde a Conmebol foi vítima de desfalques financeiros ocorreu em 2017, o comunicado agrega que o pedido de mais agilidade nas investigações se reforçou março deste ano. Na oportunidade, não se deu nenhum tipo de posição pública oficial por parte da entidade que rege o futebol na América do Sul.

Relembre o caso

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Nicolás Leoz, ex-mandatário da entidade sul-americana – Foto: Divulgação/CONMEBOL

No segundo ano de Alejandro Domínguez como presidente da Conmebol, uma auditoria forense foi solicitada para avaliar a situação financeira da confederação. Nesse momento, as movimentações de cunho suspeito se destacaram. Os envolvidos eram Leoz, ex-mandatário da entidade, e o Banco Atlas, renomada instituição financeira de origem paraguaia.

Segundo o transcorrer das investigações, Nicolás fez investimentos no banco com a utilização de dinheiro proveniente de desfalques aos cofres da Conmebol com o intuito da prática de lavagem de dinheiro. Por sua vez, o Banco Atlas teria não apenas facilitado essas aplicações como também emitiu um relatório com informações falsas a fim de proteger os investimentos em questão. Desse modo, diretores da organização financeira também estariam envolvidos no esquema.

Porém, muitos anos antes de tais acusações, Nicolás Leoz estava envolto em diferentes acusações de corrupção e tráfico de influência. Desde suborno pela concessão de direitos televisivos da Copa do Mundo de 1990 até as acusações que citaram seu nome na longa investigação do FBI, a polícia federal norte-americana, que ficou batizada como Fifagate.

Aos 90 anos de idade, Leoz morreu no dia 28 de agosto de 2019, vítima de um infarto, em Assunção.

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