Conmebol propõe mudança em regra para casos de racismo

A Conmebol deu uma resposta sobre os seguidos casos de racismo, na última semana, na Libertadores. A entidade do futebol sul-americano propôs mudanças no Código Disciplinar, como aumento da multa e risco de jogar com portões fechados. Porém, a mudança depende da aprovação dos dez países filiados a entidade.

Confira a classificação da Libertadores

A multa mínima aplicada aos clubes passaria de US$ 30 mil (R$ 150 mil) para US$ 100 mil (R$ 500 mil). A punição ainda poderá incluir um ou mais jogos com portões fechados – ou com setores do estádio fechados. A proposta foi enviada aos dez países associados nesta semana, e a resposta deve ser entregue até a próxima segunda-feira (9).

Nas últimas semanas, somente na Libertadores, foram cinco casos de racismo (todos contra os brasileiros). Houve atos da torcida do River Plate contra o Fortaleza, do Emelec contra o Palmeiras, do Boca Juniors contra o Corinthians, do Estudiantes contra o Bragantino e da Universidad Católica contra o Flamengo. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cobrou mais rigor nas punições.

“Não concordo com apenas multa financeira ao clube que tiver um torcedor racista. Não se combate a discriminação apenas aumentando a multa. Tem que ser de forma mais dura. O clube precisa sofrer uma punição esportiva. Quero que o time do torcedor identificado cometendo um ato racista perca pelo menos um ponto na tabela do campeonato. Só assim acredito que vamos pacificar os estádios”, disse Ednaldo Rodrigues.

A torcida do Fortaleza realizou um protesto, em mosaico, na partida contra o River Plate, nesta última quinta-feira (5), no Castelão, pela 4ª rodada da fase de grupos da Libertadores. Já na Sul-Americana, a torcida do Fluminense levou uma faixa protestando contra a Conmebol, na partida contra o Junior Barranquilla, na última quarta-feira (4), no Maracanã.