Augusto Melo
Presidente do Corinthians em coletiva – Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

A situação do presidente do Corinthians, Augusto Melo, está complicada. Nesta segunda-feira, um grupo 90 conselheiros independentes assinou e protocolou o requerimento a fim de iniciar o processo de impeachment atual mandarário.

O coletivo, chamado Movimento Reconstrução SCCP, reúne figuras de diversas chapas do Conselho Deliberativo. O grupo começou há alguns meses, desde que se tornou público o escândalo envolvendo “laranja” na intermediação com a Vai de Bet.

No documento, o grupo destaca a linha do tempo do desgaste político na atual diretoria, além das denúncias sobre a presença de “laranja” na intermediação do patrocínio multimilionário entre o Timão e a casa de apostas.

Entre os conselheiros que decidiram aderir ao movimento aparecem nomes importantes da política corintiana. O ex-presidente Mário Gobbi, que comandou o clube entre 2012 e 2015, se pronunciou sobre a iniciativa:

“O movimento Reconstrução nada mais é do que uma ação apartidária, que reúne conselheiros independentes de diversos grupos que, sim, têm opiniões diferentes sobre vários temas, mas sabem que nesse momento é preciso deixar essas diferenças de lado e focar no bem maior, que é o Corinthians”, afirmou Gobbi, que é um dos porta-vozes do grupo.

“O Corinthians está no limite. Não suporta mais todo esse desmando, toda essa confusão e falta de gestão. É preciso organizá-lo o quanto antes, seja para o clube parar de sangrar, seja para que nosso time dê a resposta no campo e saia dessa situação no Campeonato Brasileiro que aflige a todos nós”, ressaltou o conselheiro vitalício e ex-presidente do Corinthians.

E agora?

Segundo o rito estatutário, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., tem cinco dias para encaminhar o requerimento para a Comissão de Ética. Assim, daria andamento ao processo.

Augusto Melo teria a oportunidade de se defender das acusações e só poderia ser destituído do cargo após votação em sessão extraordinária do plenário do Conselho Deliberativo. Mesmo que o Conselho aprove o impeachment, a saída do presidente precisa ser referendada pelos sócios do clube.

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