Corinthians x Palmeiras: Ministério Público recomenda adiamento do clássico

Neo Química Arena completa 10 anos de vida - Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians

O Ministério Público de São Paulo encaminhou um ofício à CBF com uma recomendação para o adiamento do clássico deste domingo (3/9) entre Corinthians e Palmeiras, às 16h, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão. O documento é datado de 23 de agosto.

O pedido do órgão tem por fundamento a chance real de confrontos entre torcidas. Isso porque no mesmo dia, também na capital paulista, ocorrerá a partida entre São Paulo e Coritiba, às 20h30, no Morumbi.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) informou, em resposta ao MP na segunda-feira, que se reuniu com a CBF e a Polícia Militar à procura de soluções, porém “em caráter excepcional, a partida entre Corinthians e Palmeiras não será passível de alteração”.

Os clássicos em São Paulo ocorrem desde 2016 somente com torcida do clube mandante. Assim, tem sido recorrente a marcação de partidas dos grandes clubes em datas distintas com o intuito de evitar o encontro de torcedores rivais, principalmente no sistema de transporte público.

Neo Química Arena receberá Corinthians x Palmeiras no domingo – Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians

“Vamos ter 40 mil corintianos saindo de Itaquera por volta das 18h30. Vamos ter 50 mil são-paulinos indo paro jogo por volta de 18h30, 19h. É uma movimentação muito grande, esses torcedores vão se encontrar no trem, no metro, nos bairros “, avisou o procurador Paulo Castilho, membro da Comissão de Combate à Violência no Futebol em São Paulo.

Caso pode parar na Justiça

Além disso, Castilho menciona outros dois eventos de grande porte que ocorrerão no domingo, na cidade: a decisão da Copa Pioneer, no Allianz Parque, campeonato de várzea que deve receber 40 mil pessoas, e o festival The Town, em Interlagos, com previsão de 100 mil pessoas no local.

“A Comissão oficiou CBF, Federação (Paulista), tem documento do 2º Batalhão de Choque dizendo que o problema são os confrontos no metrô, trens, cercanias, bairros. Não dá pra jogar com sorte com segurança pública. Por mais que despejem policiais na rua, não vai ter em todos os pontos. Além do que, quanto custa isso? Para concentrar esse número de policiais, tem que tirar de algum lugar. Não tem sobrando”, concluiu.

A comissão analisa os próximos passos. Uma delas é a possibilidade de acionar a Justiça para que ocorra a transferência do dérbi paulista para outra data.

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