O Coritiba está em período de mudanças. Prejudicado pelas dívidas, o clube entrou com pedido de recuperação judicial a fim de quitar as despesas e dar início a uma nova era de transformações com o modelo de Sociedade Anônima do Futebol, a Coritiba SAF.
Para dar continuidade aos planejamentos, o Coritiba contratou a XP Investimentos, que vai auxiliar o clube na busca por investidores de grande potencial.
Em entrevista na última segunda-feira, reuniram-se o presidente do Coxa, Juarez Moraes e Silva, os vices Glenn Stenger e Osiris Klamas, além dos representantes da XP e do escritório de advocacia Alvarez & Marsal.
O presidente do Coritiba ainda não definiu qual é o modelo de SAF que o clube vai escolher. Para ele, o principal neste momento é solucionar as dívidas e atrair investidores. Mas, ao fazer o pedido de recuperação judicial, o Coxa falou em um valor de R$ 114,2 milhões.
Sócio da XP Investimentos, Guilherme Ávila, afirmou que o Coritiba precisa do dinheiro, mas também está em busca de um parceiro que ajude a reestruturar o clube, aumentando sua influência no futebol nacional.
“Aqui no caso do Coritiba, há a necessidade de não ter só um cheque, mas um projeto que leve esse clube para patamares que já foram alcançados no passado. Dentro desse leque de investidores com projetos consolidados e sólidos, vamos buscar um projeto que garanta uma perenidade dessa SAF que está sendo criada a partida de hoje”, afirmou Guilherme Ávila.
De acordo com o vice-presidente do Coxa, Glenn Stenger, o valor do investimento que deverá ser feito no clube ainda não foi definido pelas partes que estudam o acordo. Mas a expectativa é pela chegada de um parceiro estratégico de nível internacional, como a XP vem fazendo com outros clubes brasileiros.
“Esse valor não está determinado. Pelo contrário. O Coritiba não espera só um cheque em mãos. Espera o valor e um parceiro estratégico que faça com que o Coritiba consiga alcançar os objetivos que o clube imagina.”, disse o vice-presidente.
Para o presidente do clube, Juarez Moraes, as mudanças que serão adotadas com a lei da Sociedade Anônima do Futebol podem valorizar o futebol brasileiro como um todo e facilitar a criação de uma liga nacional.
“Os clubes não tiveram a capacidade de fazer aquilo que consolida o futebol em outros países: a criação de uma liga. Isso é discutido há décadas e não se efetivou essa união. Com a lei da Sociedade Anônima do Futebol, temos capacidade de acelerar esse processo. Para isso os clubes têm que reestruturar. Foi isso que o Coritiba fez desde o primeiro dia da nossa gestão: buscar excelência, tratar a dívida e, se enquadrando na SAF, buscar o investidor.”, garantiu o presidente.
O Coritiba volta aos gramados neste sábado, às 16h, para enfrentar o Cianorte em partida das quartas de final do Campeonato Paranaense.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
Comentários