Futebol Internacional

Costa do Marfim é a tricampeã da Copa Africana

A anfitriã Costa do Marfim é a grande campeã da Copa Africana-2024. A seleção que avançou só deu sabe como, que demitiu o treinador no meio da competição e com resultados improváveis, chegou na final. E venceu a Nigéria, de virada, por 2 a 1 , neste domingo (11/2) no Estádio Olímpico de Abidjã, lotado. A Nigéria marcou com Ekong no primeiro tempo. Mas na etapa final, Kessie e Haller fizeram os gols do título.

Com a conquista, a Costa do Marfim celebra o tri. Afinal, venceu também em 1992 e 2015. Já a Nigéria buscava o tetra, pois venceu em 1980, 1994 e 2013,

Veja aqui os jogos da Copa Africana-2024

O atacante marfinense Haller (de laranja) disputa pelo  alto com o zagueiro nigeriano Ajaiyi-  Foto: Franck Fife / AFP via Getty Images

Costa do Marfium vê a Nigéria sair na frente

Muito ofensiva, a Costa do Marfim começou alugando a intermediária de ataque. Nos primeros 30 minutos, criou quatro chances de gol, duas com Gradel (uma arriscou de bicicleta) e duas com Adingra, uma delas imperdível, livre na área na frente do goleiro Nwabali, que fez ótima defesa. A Nigéria tentava ligações diretas para Osinhem, muito marcado. Mas, aos 38, no primeiro ataque de perigo, a Nigéria fez 1 a 0. Um escanteio da esquerda teve a bola desviada na primeira trave e ficou sob medida para a cabeçada certeira do zagueiro Ekong.

Virada de tricampeã

Aos três minutos do segundo tempo Adingra fez grande jogada, o goleiro deu rebote e Gradel ficou com a sobra. Mas chutou em cima do zagueiro Bassey. Desperdiçou o empate para os anfitriões. Pouco depois, foi Kessie quem perdeu num peixinho nas mãos do goleiro nigeriano. Mas, aos 16, após escanteio pela esquerda, Kessié (ex-Milan e Barcelona e hoje no Al Ahli/ARA) mandou para a rede de cabeça.

A torcida acordou de vez. Haller quase marcou de bicicleta. Porém, aos 36, ele não perdoou. Adingra, o melhor em campo. avançou pela esquerda, foi ao fundo e cruzou. Haller (astro do Borussia Dortmund) se antecipou ao marcador, esticando a perna e fazendo o gol da virada. E que foi o do título.

Milagres existem

Estar na final era um sonho que parecia  impossível para os marfinenses no fim da última rodada da fase de grupos. Afinal, levaram de  4 a 0 de Guiné Equatorial, ficaram em terceiro no Grupo A. Mas avançaram  como o quarto melhor terceiro.

Mas aí o técnico Jean-Luis Gasset foi demitido e entrou o interino Emerse Faé. Nos mata-matas, a seleção foi avançando. Eliminou Senegal (atual campeão) nos pênaltis. E venceu de forma inacreditável a seleção de Mali. Afinal, a Costa do Marfim perdia por 1 a 0, com um jogador a menos, e ainda e viu o rival perder um pênalti. Mas empatou nos acréscimos no último lance. Depois, nos acréscimos da prorrogação, se garantiu na final vencendo por 2 a 1. Enfim, na semifinal, fez o seu melhor jogo e venceu Congo com um gol de Haller. E nesta final, vence a Nigéria por 2 a 1, com Haller (que perdeu quase toda a temporada no Borussia Dortmund  por causa de um câncer no testítulo) fazendo o gol do título.

Nigéria 1×2 Costa do Marfim

Final da Copa Africana de Nações
Data: 11/2/2024
Local: Estádio Olímpico, Abidjan (CMF)
Nigéria: Nwabah; Ekong, Ajayi e Bassey; Aina, Onyeka (Moffi, 41’/2ºT), Iwobi (Yusuf, 34’/2ºT), Sanusi (Aribo, 41’/2ºT); Chukwezw (Simon, 10’/2ºT) e Lookman (Ilheanacho, 34’/2ºT); Osimhen. Técnico: José Peseiro.
Costa do Marfim: Yahia Fofana; Aurier (Singo, 24’/2ºT), Odilon, Evan Ndicka e Konan; Seri, Kessié e Seko Fofana; Simon Adingra, Sébastien Haller e Max Gradel (Diakite, 24’/2ºT). Técnico: Emerse Faé.
Gols: Ekong, 37’/1ºT (1-0); Kessie, 16’/2ºT (1-1); Haller, 36’/2ºT (1-2)
Árbitro: Dahane Beida (Mauritânia)
Auxiliares: Emiliano dos Santos (Angola) e Diana Chicotesha (Zambia)
Cartões amarelos: José Peseiro, Nwabali (NIG); Aurier, Seko Fofana (CMF)

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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