Uma reunião nesta terça-feira encaminhou a contratação do treinador Cuca, que assim voltará ao clube onde brilhou intensamente e levou o time ao título da Libertadores-2013. Mas a cada vez mais próxima volta do treinador ao clube vem causando repercussão também pelo lado negativo. A Hashtag “Cuca Não” voltou com toda a força, relembrando que em 1987 o treinador, quando jogava e era um dos destaques do Grêmio, Cuca foi acusado, junto com outros jogadores de estupro.

Cuca pela primeira vez comenta sobre o  caso que protagonizou com outros três atletas e que terminou com condenação sobre violência sexual – Ivan Storti/Santos FC

Por causa disso, Cuca, pela primeira vez falou sobre o assunto. Em entrevista para a jornalista Marília Ruiz, do Portal UOL,  o treinador comentou:

“Me incomoda. Há 34 anos houve um episódio e isso está vindo como se fosse hoje e eu fosse culpado. Eu não tenho culpa de nada. Jamais levantei um dedo para uma mulher, vivo numa casa com 90% de mulheres, não sou sou machista. Pelo contrário, sempre me adapto. Me incomoda bastante. Não não devo nada para ninguém, não fiz nada de errado. Fui julgado à revelia, pois não estava mais no Grêmio com os outros rapazes. Não houve nada de estupro. Houve condenação uma menor ter entrado entrado no quarto, mas não houve abuso ou tentativa. Hoje, 34 anos depois, com a força do movimento, resolvi falar e dar um basta nesta história”.

Entenda o caso

A situação ocorreu em 1987, durante uma excursão do Grêmio. Além de Cuca, os jogadores Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique foram acusados de estupro de Sandra Pfaffli (que na época era uma menina de 13 anos) num hotel em Berna. Os jogadores ficaram presos por um mês e voltaram ao Brasil. Em 1990, eles foram condenados de três meses  a três anos de prisão, mas nunca cumpriram a pena. Esta pena prescreveu em 2005.

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