Fluminense

Da vergonha ao ápice: Fluminense e City têm trajetórias parecidas de superação

A final do Mundial de Clubes entre Fluminense e Manchester City, desta sexta-feira (22), se destaca principalmente pelo futebol bonito apresentado pelas equipes. Contudo, os clubes mantêm trajetória semelhante de retorno ao protagonismo nos últimos 24 anos. A bola rola às 15h (de Brasília), no estádio King Abdullah, na Arábia Saudita.

Os dois times estavam na maior crise de suas histórias em 1999. Tanto os Citizens como o Tricolor disputaram a Terceira Divisão de seus respectivos países. Enquanto o Fluminense conquistou a Série C naquele ano, a equipe inglesa chegou a ficar na 12ª colocação da Terceirona. Mesmo assim, conseguiu se recuperar, foi vice-campeã e carimbou o acesso.

Após dois anos, o City venceu a Segunda Divisão e retornou à elite do futebol inglês na temporada 2002/03. No mesmo período, em 2003, o Campeonato Brasileiro passou para a era dos pontos corridos, e o Tricolor já havia retornado à Primeira Divisão. Em 2000, a CBF perdeu o direito de organizar a competição nacional depois das disputas judiciais. A responsabilidade ficou para o “Clube dos 13”, que promoveu a Copa João Havelange.

Flu e City contam com treinadores que valorizam o futebol ofensivo – Foto: Divulgação/Fluminense e Reprodução/Man. City TV

Início da recuperação

No processo de reestruturação, o Fluminense foi quem teve um resultado positivo mais rápido. Afinal, em 2007 assegurou o inédito título da Copa do Brasil. Um ano depois, voltava à disputa da Libertadores. Inclusive, esse retorno significou para a equipe carioca a quebra de um jejum de 23 anos. Na ocasião, os tricolores ficaram com o vice-campeonato.

O primeiro troféu do Manchester City na era milionária – cujo início ocorreu em 2008, com a compra do clube por parte do City Football Group -, veio três anos depois. Em 2011, o time azul conquistou a Copa da Inglaterra, fato que não ocorria desde 1969.

Depois, o Fluminense venceu seu terceiro título brasileiro em 2010 e quebrou uma escrita negativa de 26 anos. Após dois anos, veio o quarto troféu do time das Laranjeiras da elite do futebol brasileiro. Também em 2012, os Citizens levaram o campeonato nacional, o terceiro de sua história e o primeiro na era Premier League, que começou em 1992. A equipe de Manchester não vencia a principal competição inglesa há 44 anos.

Momentos antagônicos de Fluminense e City

O Tricolor enfrentou quatro anos de dificuldade financeira depois do fim da parceria com a Unimed. O casamento durou 15 anos; A empresa foi um marcante patrocinador máster, já que teve papel importante nas conquistas da Copa do Brasil e dos dois Campeonatos Brasileiros. Entre 2015 e 2019, o Tricolor correu o risco de rebaixamento, porém, escapou. Por sinal, até de maneira surpreendente em 2009, quando tinha 99% de chance de queda.

Enquanto isso, o Manchester City passava pela consolidação do projeto do City Football Group. A equipe inglesa acumulou 17 títulos em 10 anos. Ao todo, foram cinco troféus da Premier League, duas Copas da Inglaterra, seis Copas da Liga e três Supercopas da Inglaterra.

Após baterem na trave chegaram ao auge continental

Os dois times já tinham a frustração de chegarem à decisão dos principais torneios de seus continentes e deixarem o campo com gosto amargo. No caso dos Citizens, o vice-campeonato da Liga dos Campeões foi em 2021, depois de perderem por 1 a 0 para o Chelsea. Já o Fluminense encarou a LDU, do Equador, nas duas partidas da final.

No jogo de ida, a equipe equatoriana venceu o Tricolor por 4 a 2 em casa. No outro duelo o time carioca levou a melhor por 3 a 1, no Maracanã. Com a igualdade nos placares agregados, a disputa foi para os pênaltis, e a LDU foi campeã na oportunidade.

Em 2023, tanto o time das Laranjeiras como a equipe azul de Manchester receberam novas oportunidades e tiveram um final feliz. Os Citizens superaram a Inter de Milão por 1 a 0 e conquistaram a Liga dos Campeões. Já o Fluminense teve roteiro semelhante de 2008, pois enfrentou o Boca Juniors, seu adversário na semifinal da época, A decisão foi no Maracanã, mesmo palco da tragédia diante dos equatorianos.

O retrospecto positivo para o Tricolor em duelos decisivos contra os Xeneizes se manteve. Na prorrogação os comandados de Diniz conseguiram o segundo gol e garantiram o título da Libertadores, com um 2 a 1 no score.

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Carlos Berbert

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