A passagem de Daniel Alves pelo São Paulo foi, no mínimo, tumultuada. Contratado com a expectativa de liderar uma nova era tricolor, o lateral-direito, que também atuou como meio-campista, deixou o Soberano de uma forma turbulenta. E, nesta terça-feira (12), em um documentário produzido pela Fifa, Daniel afirmou que chegou no seu limite no clube paulista e que a rescisão contratual era a única solução.

“Chegou no limite, entendeu? Essa é a real. Cheguei no meu limite. Durante as Olimpíadas comecei a pensar muito se eles estavam me fazendo bem. Quando começa a viver lindos momentos, em lugares diferentes, você começa a comparar a coisa boa, a coisa ruim. A abelha não tem tempo de ensinar para a mosca que mel é melhor do que m…”, disse Daniel Alves, hoje no Barcelona.

Daniel Alves durante partida pelo São Paulo – Rubens Chiri / saopaulofc.net

“O processo foi simples, mas muito mais grandioso do que as pessoas pensam. Fui vivendo várias fases aqui no São Paulo que elas foram me desacreditando de que valia a pena estar no São Paulo. Planejamos isso e começou a falhar a estratégia que tinham me convencido para vir para o São Paulo”, completou.

A passagem de Daniel pelo São Paulo durou 15 meses. Neste período, o lateral, ex-camisa 10 do Tricolor Paulista, disputou 95 jogos, marcou dez gols e deu 14 assistências. Ele foi campeão paulista em 2021. A sua saída do Soberano foi após conquistar o ouro olímpico em Tóquio, em setembro do ano passado.

Para rescindir com o São Paulo, o lateral-direito entrou em um acordo para dividir em 60 parcelas de um pouco mais de R$ 400 mil por mês, totalizando mais de R$ 24 milhões. O acordo fez com que o clube tivesse uma economia de R$ 27 milhões. Daniel Alves, que recebia cerca de R$ 1,5 milhão mensais, tinha contrato até o fim de 2022.

“Desorganização. Vai jogar e não joga. Jogam pedra, tinha uma bomba que explodiu no meu assento. Entende? Aí você fala: “pô, cara, vale a pena pagar esse preço? Viver esse tipo de situação? Onde é o preço que se paga por isso?. Por mais que eu seja são-paulino e deseje que o São Paulo trace um caminho diferente, eu não tenho poder para isso”, disse o jogador.

“Não consigo dar a mão a alguém e ser sempre quem está puxando aquela pessoa. Uma hora o braço vai cansar. Uma hora vai ter que soltar. Começou a criar um processo que estávamos nos prejudicando mais do que nos ajudando. Não era bom para a gente. Vamos dar um stop”, concluiu.

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