Seleção Brasileira

Daniel Alves justifica presença na Seleção por escassez na posição: ‘Todo mundo quer ser atacante’

Jogador mais experiente da Seleção Brasileira, o lateral-direito Daniel Alves de 38 anos veste a amarelinha desde quando tinha 23. Na avaliação do atleta, a longa trajetória se explica pela escassez de grandes jogadores na posição.

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“É bastante escassa no mundo do futebol. No geral, é difícil ter grandes jogadores nessa posição. Por sorte, aqui no Brasil sempre tivemos grandes referências nessas posições e que marcaram gerações, e nós sempre tentamos dar seguimento a tudo isso. Os dois que estão à minha frente (em jogos pela Seleção Brasileira) são dois ídolos, amigos que respeito muito, dentro e fora de campo. Sou apaixonado por eles (Cafu e Roberto Carlos), adoro eles de verdade, não tenho vergonha de falar”.

Daniel Alves é o terceiro lateral com mais jogos pela Seleção Brasileira – Lucas Figueiredo/CBF

Para Daniel Alves, o jogador quando começa a carreira, dificilmente quer atuar na lateral, mas sim jogar na frente, para fazer gol e ganhar destaque.

“Todo mundo quer jogar no ataque, quer fazer gol, quer brilhantismo nas posições. Então acaba meio que sobrando para a gente a lateral do campo. Eu não era lateral quando comecei, Cafu acredito que também não. Roberto, de repente, também não. Marcelo nem se fala. Então acho que por isso também a gente cria maneira diferente de jogo porque dominamos outras posições também. A gente meio que quebra um pouco esse paradigma e faz com que nossa escola seja diferente do resto do mundo. Então é meio que isso, a posição que restou para nós. Senão a gente também estava sendo atacante e número 10 e número 11, fazendo gol, porque é o brilho do futebol, a verdade é essa”.

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No empate contra o Equador, na última quinta-feira, Daniel Alves disputou o seu 121º jogo pela Seleção Brasileira. Na posição de lateral, o jogador fica atrás apenas de Roberto Carlos (132 jogos) e Cafu (150 jogos). Agora o veterano quer alcançar mais uma marca, que é disputar a sua terceira Copa do Mundo (Daniel Alves esteve nos Mundiais da África do Sul, em 2010, e do Brasil, em 2014).

“Volto a insistir, o sonho é meu, a vontade é minha, o desejo de fazer aquilo que fiz em toda a minha vida é meu, então está no meu controle. Sempre me vi dentro da seleção brasileira, não porque sou queridinho e sou jogador que acumulo muitos jogos, mas pelo comprometimento, disciplina, caráter, entrega. Costumo dizer que o que estava no meu alcance foi entregue. Logo as contestações, os debates, foram do meu alcance, da minha entrega. E também é do futebol. Temos que aprender, criar bloqueio em relação a isso. Mas as críticas te fazem melhorar, sempre ver o lado bom das coisas. As críticas a meu ver se são infundadas, elas não servem. Se têm fundamento servem para fazer crescer para ser melhor atleta, ser humano, pai, amigo e melhor jogador.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira, contra o Paraguai, às 21h30, no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo Qatar 2022. Daniel Alves será titular na partida.

Mais respostas de Daniel Alves

Diferença dele para Danilo e Alex Sandro
“Acredito que a diferença nossa é que eles são muito físicos, eu sou um pouco mais técnico. Consigo entender um pouco mais o macro do jogo. Consigo ser mais ou menos um armador, que sempre fui na minha vida, jogando de lateral-direito. Então trago a minha diferença para com eles”.

O que agrega para a Seleção Brasileira
“Isso que posso passar aqui, ter vivido vários grupos, momentos diferentes, acho que trago essa experiência, esse comprometimento, essa seriedade de poder defender essa camisa histórica, com muita dignidade. Acredito que a junção dessas duas coisas faz com que o ambiente seja saudável e muito promissor”.

Críticas sobre a Seleção Brasileira
“Acredito que nós temos que ter essa serenidade, o que está fora, está fora. Não pode influir nem na vida como atleta nem como seres humanos. Temos que ter a confiança e a convicção de que o que estamos fazendo é o melhor. Sabemos que as pessoas vivem de entretenimento, mas normalmente elas não têm equilíbrio, porque quando elas falam, exigem resultado, aí não quer resultado, quer outra coisa, aí tem outra coisa, quer outra coisa. Então a gente não pode ir nessas incertezas, a gente tem convicção muito clara do que a gente quer, o que a gente quer propor, entregar, a história do que queremos na Seleção”.

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Leo Pereira

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