O lateral-direito Daniel Alves prestou novo depoimento à Justiça espanhola, na manhã desta segunda-feira (17), em Barcelona. Esta foi a quarta versão do caso dada pelo atleta.
Desta vez, Daniel Alves admitiu a relação sexual no banheiro. Todavia, ele esclareceu que tudo foi “consentido por ambas as partes”. Nos outros depoimentos que deu, Dani Alves disse que não havia tido relação. No outro, falou que teve somente sexo oral.
Para justificar as outras versões apresentadas no caso, Daniel esclareceu que alterou sua fala para evitar problemas com Joana Sanz, sua esposa na época. Ela anunciou a separação no mês passado.
O lateral foi acompanhado pelo advogado Cristóbal Martell e Arnau Xumetra. Além disso, a advogada da vítima Ester Gárcia e a promotora Elisabeth Jiménez também estiveram presentes.
A defesa do jogador argumenta ainda que os vídeos de circuito interno da boate não comprovam ou dão indícios de agressão sexual. O processo corre em segredo de Justiça. As partes, no entanto, estão com imagens de circuito interno.
Martell prometeu fazer um novo pedido para o atleta aguardar o julgamento em liberdade. Pesou para o atleta não deixar a prisão no pedido anterior o número de indícios e o risco de fuga.
É preciso ressaltar, todavia, que o caso ainda não tem data prevista para julgamento. A tendência é que seja em 2023.
Programa de TV diz que amigo de Daniel Alves fez contato com a vítima
No programa “Espanha Ana Rosa”, foi mostrado um diálogo entre Bruno, melhor amigo de Daniel Alves, e a prima da vítima que acusa o jogador de estupro. No dia seguinte ao crime que teria ocorrido na boate Sutton, em Barcelona, Bruno enviou a seguinte mensagem:
“Vamos ser irmãos. Minha casa é em… Nem sempre estou aqui, mas o que você precisar aqui estou à disposição. Gostei da sua irmã e de você como pessoas. Estou sempre pronto para encontrar bons amigos”, escreveu Bruno. No entanto, a parente da vítima respondeu de maneira muito curta. “Muito obrigada e na mesma. Feliz ano novo”.
Os dois lados utilizam o diálogo a seu favor. Os advogados de Daniel entendem que as mensagens mostram normalidade no clima. A acusação, no entanto, entende como uma tentativa de aproximação por parte de Daniel Alves para identificar quando a vítima pudesse reclamar sobre o caso.
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