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De olho na arbitragem e com o alerta ligado, Vasco encara o clássico contra o Flamengo

O Vasco entrará em campo nesta quinta-feira (4), às 21h, no Maracanã, para o clássico contra o Flamengo com uma preocupação a mais do que precisar pontuar diante do vice-líder do Campeonato Brasileiro. O Cruz-Maltino, que vem sofrendo com problemas de arbitragem no decorrer da competição, encabeça a lista de times com maior mudança de decisões do VAR: foram 15 interferências que terminaram sendo contrárias em seus jogos no Brasileirão e outras cinco a favor – saldo negativo de dez.

Cayo Tenório disputa bola com o lateral Filipe Luís no duelo entre Vasco e Flamengo no primeiro turno. Clássico teve polêmica e reclamação por parte dos cruz-maltinos – Rafael Ribeiro/Vasco

No primeiro turno, em São Januário, o Clássico dos Milhões foi marcado por duras críticas à atuação do árbitro de campo e de vídeo. Na ocasião, o então presidente do clube Alexandre Campello reclamou exaustivamente do critério utilizado em três lances duvidosos e cobrou explicações após a derrota por 2 a 1. As críticas foram embasadas na distribuição de cartões amarelos, a não expulsão de um jogador adversário e do gol anulado do goleador Germán Cano.

“É um absurdo o que aconteceu neste jogo. Mais uma vez o Vasco sendo prejudicado pela arbitragem nos jogos com o Flamengo. Aos 5 minutos, o árbitro dá amarelo desnecessário no (Cayo) Tenório, que é um menino. Não é usado o mesmo peso e a mesma medida com Filipe Luís e Diego… O Diego fez uma jogada que seria para o segundo cartão amarelo, e ele não deu, porque é um jogador experiente, o árbitro pensa duas vezes. Ele para a jogada que o Vasco tinha vantagem e não dá cartão, viu que era o Diego, que tinha cartão”, disse Campello após a partida à Rádio Tupi.

“Por último um impedimento pelo VAR. Claramente na mesma linha. Obviamente traçam aquelas linhas vermelha e azul que ninguém sabe quem é que traça, de que maneira traça, quando é que traça. Quando é a favor do Vasco não acontecem. Se analisar a quantidade de vezes que o VAR foi desfavorável ao Vasco, em comparação a que foi favorável, a diferença é enorme. O que a gente não vê em clubes como Flamengo e Corinthians. Um absurdo, a CBF deveria dar explicações a esses fatos. O Vasco está cansado de ser garfado. Quero ver auditoria nas decisões do VAR”, completou na ocasião.

Passado um turno, a indignação vascaína com o árbitro de vídeo – em seu segundo ano de utilização – e de campo não mudou. Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, que assumiu em 4 de janeiro, a equipe disputou sete partidas. Destas, em três ocorreram insatisfações com a arbitragem: contra Red Bull Bragantino, Atlético-MG e, por último, Bahia.

Na derrota em Bragança Paulista por 4 a 1, após coletiva de Luxa, o diretor executivo Alexandre Pássaro fez questão de pedir a palavra, sem abrir para perguntas, e repudiou os critérios usados pela arbitragem. Segundo o dirigente, Leandro Vuaden julgou  diferentemente a falta que originou o segundo gol do Bragantino, e o lance do terceiro gol, em que o Vasco reclamou de falta em Andrey na origem da jogada.

“Em nome da diretoria do Vasco, dos atletas, do professor Vanderlei Luxemburgo, venho aqui repudiar a atuação da arbitragem do Vuaden. Não estamos justificando o performance, resultado, momento, posição na tabela. Estamos exigindo que a arbitragem, comandada pelo Gaciba, que há muito tempo não se vê, tenha o mesmo nível de cobrança e profissionalismo que nos é exigido. Isso não tem acontecido. Como ele pode dar uma falta que origina o segundo gol do Bragantino? Uma falta no qual, na linha de fundo, o jogador cava uma bola por cima de dois jogadores nossos, tromba com dois, e ele dá a falta. E a falta, é a origem do gol do Claudinho. No terceiro gol, ele nem foi ver o VAR. Esses lances foram exemplos de interpretações diferentes. Não digo que há um complô contra o Vasco. Todos os clubes já foram prejudicados. Mas eu não posso me furtar de vir aqui e colocar nosso repúdio e indignação com o que aconteceu aqui”, questionou Pássaro.

No compromisso seguinte, apesar da vitória sobre o Atlético-MG por 3 a 2 em São Januário, também não faltaram motivos para reclamações. O árbitro de vídeo teve destaque em lances decisivos. Primeiro no pênalti do primeiro tempo, quando o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo só apontou para a marca da cal depois de ser chamado para rever na tela o lance em que Léo Matos usou o braço para cortar o cruzamento dentro da área. Já no segundo tempo, ele marcou sem hesitar um pênalti de Castan em cima de Jair, mas de novo reviu a jogada no vídeo e, dessa vez, voltou atrás na sua decisão.

Por último, o empate sem gols com o Bahia. Luxemburgo concordou com a expulsão de Leandro Castan, que acertou um chute no rosto do goleiro Douglas. Contudo, reclamou de “dois pesos e duas medidas” do árbitro Wilton Pereira Sampaio em lance de Benítez com Gregore.

“Acho que o juiz acertou a expulsão do Castan. Foi uma imprudência. Não teve a intenção. Mas a imprudência se mostrou. Mas antes do lance do Castan, o árbitro fechou os olhos quando o Gregore deixa a bola seguir e acerta a perna do Benítez. Se o Castan merecia ser expulso por imprudência, o Gregore também deveria ser expulso. São dois pesos e duas medidas”.

Presidente eleito do Vasco, Jorge Salgado subiu o tom e orientou o clube a protocolar um protesto na CBF contra a arbitragem de Vasco x Bahia. Além disso, solicitou uma reunião com o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Leonardo Gaciba. Salgado, que já foi diretor de seleções da entidade, na década de 90, avaliou que houve falta de critério do árbitro ao expulsar Castan, mas não exercer a mesma medida na jogada anterior, quando o Gregore, do Bahia, deu uma entrada com a sola na coxa direita de Martín Benítez – o VAR não foi consultado.

É neste clima de desconforto e insatisfação com a arbitragem que o Cruz-Maltino mais uma vez entrará em campo em sua briga pela permanência na Série A. E nada melhor do que um bom resultado em um clássico para motivar ainda mais os jogadores nesta missão.

Raphael Claus (Fifa/SP) foi o escolhido para ser o árbitro de Flamengo x Vasco. Ele será auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis (Fifa/SP) e Alex Ang Ribeiro (SP). O árbitro de VAR será Jose Claudio Rocha Filho (SP).

Felipe David

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