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Há quem possa considerar a decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo um jogo melancólico. Afinal, a Copa do Mundo já está por terminar e quase todas as atenções (e tensões) estão voltadas para a final, que acontece apenas no dia seguinte. Mas este confronto que vale a medalha de bronze costuma reservar ao longo dos Mundiais, alguns jogos bastante movimentados.

Neste sábado (17), Croácia e Marrocos é que irão se enfrentar. Será a 21ª vez que a decisão do bronze irá acontecer: apenas em 1930 não houve um duelo para definir o terceiro posto, com Estados Unidos e Iugoslávia, os eliminados das semifinais, dividindo o lugar mais baixo do pódio. Mas a média de gols destes confrontos é que chama atenção.

Bélgica bateu a Inglaterra na última decisão de terceiro lugar das Copas – Giuseppe Cacace/AFP

Ao todo, foram 77 gols nas 20 decisões de terceiro lugar anteriores, em Copas. Assim, são 3,85 gols por jogo, número bem superior à média geral histórica dos Mundiais, de 2,81 gols por partida. Já se registraram alguns placares elásticos nestes confrontos, como os 6×3 da França sobre a Alemanha, em 1958, ou ainda os 4×2 do Brasil diante da Suécia (1938), com o mesmo placar em favor da França, contra a Bélgica (1986).

Protagonistas do jogo deste sábado, os croatas já estiveram neste posto em 1998, quando enfrentaram e venceram a Holanda, por 2 a 1. Para Marrocos, esta é a primeira oportunidade. Aliás, uma seleção africana nunca tinha chegado tão longe em um Mundial. Portanto, o ineditismo também está no fato de ser um país da África nesta decisão.

Terceiro lugar em Copas reserva recordes

Outro atrativo da decisão de terceiro lugar reside no fato de que este jogo costuma gerar alguns recordes. O mais importante foi registrado em 2002, quando o turco Hakan Sukur fez o gol mais rápido da história dos Mundiais. Aos 11 segundos, ele abriu o placar diante da Coreia do Sul, em jogo que acabou com vitória da Turquia por 3 a 2.

Já em 1938, foi nesta partida que Leônidas da Silva garantiu a artilharia isolada daquela Copa. Seus dois gols na vitória sobre a Suécia o colocaram com sete no geral, bem à frente do italiano Piola e do húngaro Sarosi, goleadores na final. Aliás, a decisão acontecia ao mesmo tempo que o jogo valendo o terceiro posto, naquela época, mas em sedes diferentes.

O jogo também confirmou as artilharias de outros jogadores, posteriormente. Foi assim com o francês Fontaine (1958), o português Eusébio (1966), o polonês Lato (1974) e o croata Suker (1998). Todos marcaram na ‘primeira despedida’ da Copa e terminaram como goleadores das respectivas edições. Em 2010, Thomas Müller e Diego Forlán anotaram, respectivamente, para Alemanha e Uruguai, e terminaram empatados com cinco gols cada.

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