- Gilvan de Souza/Flamengo
Internacional 2 a 1. O Flamengo mostrou, enfim, evolução, e até jogou o suficiente para obter um resultado positivo, embora tenha tomado um gol nos acréscimos, o que apagou o esforço para evitar o pior. Não seria absurdo afirmar que o empate seria mais conveniente para o que se viu.
Para felicidade geral, o técnico andarilho mandou ao campo uma formação time que não tinha a preocupação de inventar a roda. E que, diante das circunstâncias, conseguiu pelo menos equilibrar, com alguma cautela, o duelo com um adversário que entrou incentivado pela multidão. E disposto a decidir ainda na etapa inicial, com base no futebolzinho que o Rubro-Negro apresentou na vitória sobre o Ñublense.
O Flamengo começou tentando evitar que o Internacional ficasse à vontade, e chegou a ameaçá-lo na primeira meia hora, marcando até um gol, anulado por irregularidade. Mas preferiu recuar no fim, para surpreender nos contra-ataques. O visitante não conseguiu fazê-lo, mas o time gaúcho também errou bastante ao insistir em jogadas de velocidade, notadamente no último passe.
O Internacional tomou a iniciativa no começo do tempo derradeiro, mas quem criou oportunidades foi o Flamengo, com Gabriel e Éverton Ribeiro, deixando a partida indefinida. A equipe do andarilho porteño tentava manter o jogo no campo do adversário, em ritmo cadenciado, e a gaúcha continuava buscando a rapidez, e o que ocorreu foi exatamente o contrário, pois o Rubro-Negro acabou surpreendendo, em lance de Gabriel, concluído por Gérson.
Mano Menezes imediatamente fez três mudanças, e o Flamengo não soube segurar o resultado, tomando um gol na sequência, marcado por Maurício, em seu primeiro toque na bola. O Homem de Casilda também mexeu, lançando dois ponteiros, Marinho e Éverton Cebolinha, o que mantinha o equilíbrio do duelo. Novas trocas de ambos os lados, e o Inter, em casa, parecia muito preocupado, até por obrigação, em virar o placar, o que levava seus atletas a erros, notadamente nos passes, enquanto o Flamengo tentava fazê-los com mais tranqüilidade.
Restavam 10 minutos e ninguém seria capaz de apontar um vencedor. E assim foi, até o final, apesar do desgaste geral, pelo empenho e o horário, em dia de muito sol em Porto Alegre. Nos acréscimos, porém, o Flamengo voltou a bobear, e deixou Maurício, novamente, à vontade para concluir: 2 a 1. Não havia mais o que fazer.
Na realidade, pior que Vitor Pereira não haverá mais, e talvez valha a pena alimentar um mínimo de otimismo para o que vem pela frente.
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