A participação da Ucrânia nas quartas de final da Eurocopa, neste sábado (3/7), foi a melhor campanha da história da seleção do Leste Europeu na competição. Nunca o país havia ido tão longe. Ainda assim, a derrota para a Inglaterra por 4 a 0 parece ter abalado a confiança do técnico Andriy Shevchenko sobre sua permanência no comando da equipe. Depois da partida, realizada no Estádio Olímpico de Roma, o ídolo ucraniano, que foi o maior jogador na história do país, demonstrou incerteza sobre seu destino.
“Vamos voltar para Kiev (capital da Ucrânia), expor o que foi conquistado pela equipe e avaliar o desempenho. Não há pressa. A decisão será da federação”, disse Shevchenko, que assumiu a seleção em 2016 e tem contrato até dezembro de 2022.
Antes da eliminação para os ingleses, a Ucrânia havia disputado quatro jogos na Euro. Perdeu na estreia por 3 a 2 para a Holanda, em 13 de junho; venceu a Macedônia do Norte por 2 a 1 no dia 17; foi derrotada pela Áustria por 1 a 0 no dia 21; e venceu a Suécia por 2 a 1 nas oitavas de final, no dia 29. O selecionado se classificou para as quartas como um dos melhores terceiros colocados no torneio.
No jogo contra a Inglaterra, a seleção ucraniana fez somente duas finalizações. Shevchenko declarou que a saída do zagueiro Kryvtsov, ainda no primeiro tempo, acabou prejudicando a equipe. Ele se machucou e teve que ser substituído por Tsygankov, quando os rivais só haviam marcado um gol na partida.
“Depois disso, o jogo mudou. Não temos outro defensor com as mesmas características do Kryvtsov. Além disso, cometemos algumas falhas em bolas paradas”, enfatizou.
Apesar da frustração com a derrota, ele reconheceu o empenho dos jogadores.
“Quero agradecer a todos pela postura em campo. O nível da Eurocopa é muito elevado e, enquanto não tivermos na Ucrânia um torneio regional forte, vai ser difícil competir com adversários acostumados a participar das cinco principais ligas europeias”, declarou.
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